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Conselho de Ética decide pela cassação de Eduardo Cunha

Votação teve direito surpresas de última hora e até "virada de casaca" de um aliado de Cunha. Parecer pela cassação será julgado ainda no plenário
17:49 | Jun. 14, 2016
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Com direito a surpresas de última hora e até “virada de casaca”, parecer de Marcos Rogério (DEM-RO) pela cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi aprovado no Conselho de Ética da Casa. Com voto decisivo de Tia Eron (PRB-BA) pela cassação, o parecer foi aprovado por 11 votos a 9 e irá ao plenário.

Com mais de oito meses de tramitação, o processo de Cunha se consagrou o mis longo da história do Conselho de Ética da Câmara. Eduardo Cunha já está afastado das suas funções desde 5 de maio, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Voto decisivo

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A votação acabou definida pelo voto de Tia Eron, que se ausentou da última votação do caso, em 7 de junho. Apesar de cotada como "voto garantido" e ter sido até aplaudida entre aliados de Cunha, a deputada  surpreendeu e acabou votando pela cassação do peemedebista.

[SAIBAMAIS 4]Logo após voto da deputda, Wladimir Costa (SD-PA), que havia encaminhado ainda hoje voto contrário à cassação de Cunha, mudou de voto e acabou apoiando tese da cassação. Com isso, o presidente do grupo, José Carlos Araújo (PR-BA), que é favorável à cassação, não precisou dar voto de minerva.

Até poucas horas antes da votação, o placar previsto por deputados era o contrário, com vitória de Cunha por 11 votos a 9. Cientes da perspectiva de derrota, opositores do presidente afastado da Câmara tentaram inclusive manobrar para adiar a sessão, o que foi rejeitado por Marcos Rogério.

Quebra de decoro

Cunha é acusado de mentir sobre a existência de contas suas na Suíça em depoimento à CPI da Petrobras. No último dia 7, o relatório chegou a entrar em pauta, mas foi adiado após membros do Conselho pedirem prazo para analisar relatório paralelo apresentado por aliados de Cunha - que pede pena mais branda ao deputado.

Segundo relatório aprovado, não faltam provas de que Cunha omitiu e foi usufrutário de contas na Suíça, que seriam, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), abastecidas também por recursos desvidos da Petrobras.

Redação O POVO Online

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