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"Não tenho conta no exterior", reafirma Cunha no Conselho de Ética

Durante o depoimento, Cunha disse ainda que pedirá a anulação do processo de cassação de seu mandato caso sejam incluídos outros fatos no relatório
10:29 | Mai. 19, 2016
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Em apresentação de sua defesa no Conselho de Ética da Câmara, o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reafirmou nesta quinta-feira, 19, não possuir contas no exterior. "Não tenho conta no exterior. Não possuo investimento. Sou beneficiário de um truste”, disse o deputado.

Acompanhe depoimento de Eduardo Cunha no Conselho de Ética:

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11h18min Cunha recusa responder questionamentos sobre seu recebimento de propinas na Lava Jato. Ele reforça que qualquer questionamento que não envolva a existência ou não de conta em seu nome no exterior não são objeto da representação e precisaria de uma nova acusação formal no Conselho de Ética.

11h05min O relator questiona, então, porque Cunha é citado pelo banco suíço como dono da conta que afirma não ter. "Não posso ser responsável por aquilo que foi colocado (...) isso foi feito à minha revelia e colocada de forma que eu não poderia ter acesso". O relator rebateu, questionando se isso não era contraditório: "Eu não mando no banco", respondeu Cunha.

10h58min O relator Marcos Rogério destaca que, no formulário do banco suíço, pergunta para resgate de conta incluía resposta com o nome da mãe de Cunha. O peemedebista rebate, afirmando que não preencheu qualquer formulário e que tudo era administrado pelo trust.

10h53min O relator cita formulário divulgado onde a senha para recuperação de conta de Cunha incluía o nome da mãe do peemedebista, Elza. "Não preenchi formulário, não tenho conhecimento. Não é nem a minha letra, é documento interno do banco".

10h45min Afirmando que a conta na verdade é administrada por um truste, Cunha destaca que a titularidade do cartão era de sua esposa. "Ela não é objeto dessa representação. Eu era apenas dependente do cartão de crédito dela"

Relatório contestado

Durante o depoimento, Eduardo Cunha disse ainda que pedirá a anulação do processo de cassação de seu mandato caso sejam incluídos outros fatos no relatório. Julgado no Conselho pois teria mentido sobre a existência de contas suas na Suíça, Cunha também é réu na investigação da Lava Jato por suposto recebimento de propinas.

Sobre as contas, o peemedebista argumenta que os recursos encontrados na Suíça não estão no nome dele, mas sim no de trusts - instituto que administra patrimônio de terceiros. "Não detenho conta nem patrimônio que naquele momento estivesse sob minha propriedade", disse.

Indireta a Aécio

Durante sua fala, Eduardo Cunha disse ainda que, se quisesse esconder conta no exterior, "caertamente teria feito uma fundação", em referência indireta ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), alvo de acusação de que sua mãe teria mantido uma fundação no exterior. "Considerar isso (um trust) como uma conta bancária, igual uma conta que qualquer um assina um cheque e saca, é uma comparação absurda".

Eduardo Cunha também afirmou que irá recorrer do processo pelo fato de o relator, Marcos Rogério (DEM-RO), ter se filiado a um partido que faz parte do mesmo bloco que o PMDB na Casa. Em dezembro passado, o peemedebista usou o mesmo argumento para destituir Fausto Pinato da relatoria do processo.

 

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Redação O POVO Online

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