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Votação do impeachment começará por deputados do Sul

Na decisão, Cunha informa que não adotará a chamada em ordem alfabética. Deputado cearense critica decisãoo
15:50 | Abr. 13, 2016
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), formalizou na tarde desta quarta-feira, 13, o procedimento de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo domingo, 17. Em decisão lida no plenário pelo primeiro-secretário Beto Mansur (PRB-SP), foi confirmada a chamada oral de deputados com ordem de Estados do Sul para o Norte.

 

Na decisão, Cunha informa que não adotará a chamada em ordem alfabética, como aconteceu na votação do impeachment do ex-presidente Collor. O peemedebista alega que o regimento tem regra posterior a 1992 mudando a forma de votação, e que o Supremo Tribunal Federal não se posicionou sobre a ordem de votação ao definir o rito do impeachment por se tratar de assunto "interna corporis". "Não há razão lógica e jurídica para se aplicar agora o procedimento definido no caso Collor para camada em ordem alfabética", justifica.

 

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Assim, os deputados serão chamados por região, a começar pelos Estados do Sul até chegar nos Estados do Norte. Os deputados de cada Estado serão chamados em ordem alfabética.

 

Os governistas protestaram em plenário e avisaram que vão recorrer. Mais cedo, o vice-líder da bancada do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), defendeu que os governistas entrem com uma ação judicial no STF pedindo que a ordem de chamada dos deputados na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff seja alfabética. "É mais uma ilegalidade. O presidente Eduardo Cunha é o líder do golpe. O critério republicano é a ordem alfabética", afirmou.

 

O deputado federal Chico Lopes (PCdoB), contrário ao impeachment da presidente, criticou decisão do presidente da Câmara. De acordo com ele, o gesto se trata de uma manobra de Cunha para pressionar parlamentares indecisos que não querem "perder seu voto".

 

Em relação aos partidos governistas, ele disse que eles podem recorrer não somente a esta decisão, mas a todas do presidente da Casa. "Nada vai ser pacífico aqui não, em tudo vai ser confusão", avisa.

 

Redação O Povo Online com Agência Estado

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