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STF quebra sigilos bancário e fiscal do presidente do DEM e familiares

Agripino Maia é investigado por suposta cobrança de propinas para construção de estádio da Copa. No Senado, Agripino é dos maiores defensores do impeachment
16:41 | Abr. 22, 2016
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O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal do presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN). Além do senador, também tiveram os sigilos quebrados o filho do senador, o deputado Felipe Maia (DEM-RN), e mais 14 pessoas em inquérito que investiga esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.

No Senado, Agripino tem sido um dos maiores defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nas últimas semanas, o senador tem defendido celeridade do Senado em julgamento do processo. “O Senado precisa ser rápido. Em benefício do País, de soluções para a crise do Brasil. A cada dia, a cada semana que passar, a crise vai ser mais profunda”, disse.

[SAIBAMAIS 3]Segundo a Folha de S. Paulo, decisão pela quebra de sigilos é do ministro Luís Roberto Barroso, seguindo pedido da Procuradoria-Geral da República. Agripino é investigado por supostos pagamentos de propina da empreiteira OAS durante obra da Arena das Dunas, estádio construído em Natal para a Copa do Mundo de 2014.

Complexo esquema

Entre os investigados, estão ainda assessores do senador, como seu chefe de gabinete e motorista. Para a PGR, existem indícios de propinas ao senador. Na ação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aponta "complexo esquema" de distribuição de propinas, com diversas empresas montadas para ocultar a origem e destino final de repasses.

Em nota à Folha de S. Paulo, Agripino afirmou que a quebra de sigilo irá agilizar o esclarecimento dos fatos. Ele disse ainda ter "certeza" de que as investigações "tornarão clara a improcedência da acusação que me é feita".

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Redação O POVO Online

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