Participamos do

Relator diz que população foi enganada pelo governo Dilma

Ao pedir votos pela abertura do impeachment de Dilma, o Jovair Arantes (PTB-GO) disse que a população foi "enganada".
16:07 | Abr. 17, 2016
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Ao reforçar os pontos de seu relatório favorável ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados hoje, 17, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), disse que “nenhum agente político precisa de aviso prévio para cumprir as leis e a Constituição”.

Ao pedir votos pela abertura do impeachment da presidente, Arantes disse que a população foi “enganada” pela chamada “contabilidade criativa” do governo Dilma que, segundo ele, resultou em inflação, desemprego, alta dos juros, perda de credibilidade.
[SAIBAMAIS 3]
Arantes disse que trabalho da Comissão Especial de Impeachment da Câmara foi conduzido com serenidade pelo colegiado. Segundo o relator, o diálogo da comissão com o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou o processo “irretocável” do ponto de vista jurídico e constitucional.

O petebista lembrou que, nesta fase, a Câmara está decidindo apenas se autoriza a abertura do processo contra a presidenta da República para encaminhá-lo ao Senado, que terá a palavra final. Segundo Arantes, se isso acontecer, Dilma terá oportunidade de se defender mais uma vez e com mais tempo.

Críticas
O relator rebateu, mais uma vez, críticas dos apoiadores da presidenta da República de que ele teria incluído no relatório fatos estranhos à denúncia inicial dos advogados Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior, autores do pedido de impeachment. Arantes disse que não houve “extrapolação” e que o relatório se ateve a eventos ocorridos no exercício de 2015.

Arantes classificou os decretos suplementares editados por Dilma e as chamadas pedaladas fiscais de “condutas gravíssimas” que geraram “consequências drásticas” para a economia brasileira. Para o relator, apesar dos alertas do Tribunal de Contas da União (TCU), Dilma continuou “cometendo os mesmos crimes” em 2015.

Para reforçar os argumentos pró-impeachment, Jovair Arantes disse que o caráter “centralizador” de Dilma “torna difícil” acreditar que a presidenta não soubesse das operações de crédito ilegal. “O Parlamento precisa ajudar a retomar as condições de governabilidade”, disse. As circunstâncias, segundo ele, “arrastam o país para uma crise sem precedentes”.

O relator do parecer do impeachment também fez um apelo pela “reconciliação nacional” e diálogo. “O Brasil não precisa de muros, precisa de pontes”, destacou.

Agência Brasil

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente