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Ofensiva de peemedebista chega a seu ápice

08:00 | Abr. 17, 2016
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Mais de um ano depois de uma série de pressões contra o governo e 157 dias após acolher o requerimento dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chega neste domingo, 17, ao ápice de sua ofensiva - ou vingança, como definem petistas - contra a presidente Dilma Rousseff. Às 14h, o peemedebista, réu no Supremo Tribunal Federal sob acusação de envolvimento na Lava Jato, abre a sessão de votação do impeachment da presidente.

As desavenças entre Cunha e Dilma vêm de bem antes daquela quarta-feira, 2 de dezembro de 2015, dia em que Cunha instaurou o processo. No início de 2013, a presidente já não demonstrava simpatia pelo peemedebista e o olhava com desconfiança. Quatro meses depois, com Cunha já líder de seu partido, os dois se enfrentaram por causa da MP dos Portos.

No início de 2015, voltaram a medir força. Dilma apoiou Arlindo Chinaglia (PT-SP), mas seu desafeto foi eleito presidente da Câmara. Começava aí a agonia do governo. Na Casa, já se sabia que a abertura do impeachment era questão de tempo.

A deflagração do processo era moeda que Cunha usava para negociar apoio no Conselho de Ética, onde será julgado sob acusação de mentir ao afirmar que não tem contas no exterior.

Decretos

Cunha estava tenso em 2 de dezembro. "Muito nervoso", como descreveu um de seus homens de confiança. Acostumado a dormir pouco, já pela manhã fez reunião com aliados e advogados. Havia decidido que, naquela tarde, acolheria o pedido de impeachment apresentado pelos juristas. A justificativa: edição de decretos que autorizam crédito suplementar sem autorização do Congresso e contratação ilegal de operações de crédito, as chamadas pedaladas fiscais.

Na véspera, o PT havia trocado o silêncio cúmplice pelo ataque. "Confio em nossos deputados, no Conselho de Ética, votem pela admissibilidade", escreveu no Twitter o presidente do PT, Rui Falcão, por volta das 17h de 1.º de dezembro. / COLABOROU DAIENE CARDOS

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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