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Expulso do PT, Fontes vai à votação movido por vingança

10:50 | Abr. 18, 2016
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Expulso do PT há 13 anos, quando deputado federal, o advogado sergipano João Fontes fez questão de voltar à Câmara para assistir ao que chamou de "o fim dessa quadrilha, que fui o primeiro a denunciar".

No sábado e no domingo, Fontes era o ex-deputado mais animado a circular pelo plenário. Reencontrou velhos amigos, inclusive do PT, e não cansava de contar, eufórico e de alma lavada, o episódio que lhe marcou a vida: a expulsão, decretada pelo diretório nacional do PT, em 15 de dezembro de 2003, na companhia da senadora Heloísa Helena (AL) e dos deputados Luciana Genro (RS) e João Batista de Araújo (BA), mais conhecido por Babá.

Unia-os, na punição, terem contrariado posições oficiais do partido. Fontes, por exemplo, deu publicidade a um vídeo antigo, de 1987, em que Lula, o presidente da República em 2003, criticava a taxação dos inativos, recém-aprovada em reforma previdenciária. Na época, direcionou suas críticas a Dirceu. "Não nasci para ser escangalhado, enquadrado, estalinizado para que seja violentada minha consciência. Não tem José Dirceu com aquela caderneta do alto do Planalto que mande sua tropa de choque fazer com que o deputado João Fontes mude suas convicções." O líder do PT na Câmara naquele 2003 era o deputado Nelson Pellegrino (BA), que justificou então que o vídeo de 1987 continha conteúdo muito ofensivo contra o presidente José Sarney.

"Esses caras me escorraçaram, eu tinha de vir", disse o advogado ao Estado no começo da noite de sábado. Já comemorava a aprovação do pedido de impeachment, que só seria votado no dia seguinte. Nominou, entre os "algozes" da época, José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira. "Não vai ter golpe, vai ter é justiça", afirmou, confiante na "vitória".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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