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Cunha nega pedido de AGU para a presidente Dilma apresentar nova defesa

"Não houve no impeachment do presidente Collor essa previsão. Não foi feito desse jeito e vamos fazer igual", explicou o presidente da Casa
14:00 | Abr. 15, 2016
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou nesta sexta-feira, 15, que negou o pedido do Advogado Geral da República, José Eduardo Cardozo, para realizar uma nova defesa da presidente Dilma Rousseff, após a apresentação do relatório do impeachment no plenário da Câmara.

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A previsão é de que o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), leia em plenário o parecer favorável ao afastamento da presidente na tarde deste domingo.

 

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"Não houve no impeachment do presidente Collor essa previsão (de nova realização da defesa de Dilma). Não foi feito desse jeito e vamos fazer igual. Já respondemos esse ofício por escrito. E entendemos que nesse momento não é cabível. Seria alterar o rito do impeachment do ex-presidente Collor e não desejamos fazer isso", ressaltou Cunha após deixar o plenário da Casa.

 

Na sessão de hoje, José Eduardo Cardozo apresentou, em plenário, argumentos do governo contra o afastamento de Dilma. "Retaliação não é fator decisório para afastar uma presidente da República", afirmou o ministro-chefe da AGU, ressaltando que essa é uma questão que ainda está sendo debatida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Cardozo avaliou ainda que, se aprovado, o processo de impeachment de Dilma se qualificará como uma "ruptura institucional".

 

Ao deixar o plenário da Casa, Eduardo Cunha também comentou sobre a decisão dos ministros do STF que negaram ontem as liminares apresentadas pelo AGU e partidos da base aliada. Na decisão, o Supremo também manteve a votação do processo de impeachment neste domingo.

 

"Acho que ficou claro para todo mundo que muitas das partes que foram alegadas é chicana. Muitas chicanas estão sendo feitas e podem vir a ser feitas. O Supremo, na nossa avaliação, agiu com correção fazendo uma sessão célere para buscar uma resposta. E prestou o seu serviço jurisdicional à sociedade", afirmou Cunha.

 

Segundo ele, a previsão é de que as sessões de discussão do processo de impeachment sejam realizadas continuamente até domingo.

 

"Duas horas já foram cumpridas. Se não houver a utilização de tempo direto, dificilmente você vai conseguir concluir. Então, o provável é que não tenha interrupção. Vai direto até domingo. Uma sessão atrás da outra até concluir", ressaltou.

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