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Aprovação de relatório na Comissão do Impeachment é destaque na imprensa europeia

10:30 | Abr. 12, 2016
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A aprovação do relatório favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff é destaque na manhã desta terça-feira, 12, em vários meios de comunicação na Europa. O jornal Financial Times diz que um "grande obstáculo" foi retirado do caminho para o impeachment, a BBC diz que a votação aconteceu em uma sessão "caótica", e o espanhol El País afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negocia "freneticamente" com deputados para tentar evitar a aprovação do tema no Congresso.

BBC e Le Monde citam a pesquisa do jornal O Estado de S. Paulo sobre a votação no plenário e destacam que há grande número de indecisos no Parlamento.

O britânico Financial Times diz que, embora o plenário não tenha de seguir a decisão da comissão, a aprovação do relatório na noite de segunda-feira, 11, é "considerada um indicador preliminar de como os eventos podem se desdobrar no fim de semana".

A publicação destaca que investidores encaram o vice-presidente Michel Temer como mais amigável ao mercado financeiro e, por isso, o dólar fechou os negócios de segunda abaixo de R$ 3,50.

A emissora britânica BBC diz que a derrota foi "um duro golpe" para a esperança de que o processo de impeachment poderia ser interrompido. A emissora destaca que a sessão ocorreu "em meio a cenas caóticas com governistas e opositores gritando slogans e segurando cartazes".

A BBC cita que agora todas as atenções se voltam à apuração no plenário e menciona também o Placar do Impeachment, elaborado pelo Estado de S. Paulo, que mostra indefinição de quase 100 deputados.

O francês Le Monde destaca a eloquência do advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, na defesa da presidente, mas observa que os argumentos jurídicos não foram suficientes para convencer a maioria da Comissão de que o processo deveria ser interrompido.

O jornal francês também cita o impeachment e diz que cerca de uma centena de deputados que afirmam estar indecisos ou não declararam o voto se tornam o "objeto de desejo" de governistas e opositores.

O espanhol El País destaca que tanto a presidente Dilma como o ex-presidente Lula "confiam em convencer os 173 deputados necessários para deter o processo no Plenário. "Em Brasília, Lula negocia freneticamente com parlamentares indecisos prometendo cargos ou os fazendo sentir sua influência e peso político".

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