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A jornalistas, Dilma se diz 'injustiçada' com decisão da Câmara sobre impechment

18:30 | Abr. 18, 2016
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Tipo Notícia
A presidente Dilma Rousseff (PT), afirmou nesta segunda, 18, sentir-se injustiçada com a admissibilidade do processo de impeachment porque aqueles que presidiram a sessão da Câmara praticaram ilegalidades, no caso o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Não há contra mim acusação de desvio, de enriquecimento ilícito, não tenho conta no exterior. Os que praticaram atos ilícitos e têm conta no exterior, presidem a sessão e tratam de uma questão tão grande como o afastamento da presidente."

Dilma afirmou que também se sentia injustiçada porque fizeram com que os últimos 15 meses de governo tenham governado em clima de instabilidade política. "Praticaram sistematicamente a estratégia do quanto pior melhor. Pior para o governo, melhor para a oposição", afirmou ela, lembrando das pautas-bomba que tramitaram no Congresso, inclusive a que mudou dívidas dos Estados, com um prejuízo estimado de R$ 300 bilhões. "Sabemos de todas as circunstâncias, que projetos importantes necessários para a retomada do crescimento ou eram postergados ou não eram votados", afirmou.

Dilma disse que a situação só pode provocar imensa sensação de injustiça e de que há uma "violência no Brasil contra a verdade, contra a democracia e contra o estado democrático de direito". Para ela, o processo é ruim porque: "o mundo vê que a nossa jovem democracia enfrenta um processo de baixa qualidade".

Ela condenou o fato de uma presidente ser condenada sem culpabilidade. "O que é possível fazer com o cidadão brasileiro e brasileira que são os personagens e protagonistas da história da democracia? Indagou. "Abertura do processo é uma espécie de vingança por não termos aceitado negociar os votos dentro da comissão de ética. Não apresentaram nada além das notícias de jornal."

Dilma disse que, antes da tramitação do pedido de impeachment no Senado, "sai com uma sensação de indignação pelo fato de que a imagem transmitida ao mundo é o rosto do desvio do abuso do poder, com descompromisso com a ética e moral", completou.

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