No Rio, ato pró-Lula reúne cem militantes
O ato foi convocado por líderes locais do PT, do PCdoB, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), entre outros movimentos sociais.
Na caminhada de cerca de 1,5 quilômetro, os militantes fecharam duas faixas da pista lateral da Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, gritando palavras de ordem como "não vai ter golpe" e "Lula, guerreiro do povo brasileiro". Ao longo do trajeto, houve manifestações de empregados de prédios comerciais que foram às janelas, tanto para apoiar quanto criticar o ato, com gestos obscenos e palavrões.
Benedita, que foi governadora do Rio para completar o mandato de Anthony Garotinho, em 2002, classificou a condução do ex-presidente Lula para prestar depoimento como "ação midiática" e criticou o apoio da oposição a pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Estamos (no ato) contra o golpe e defendendo o Estado democrático de direito. É defender aquilo que conquistamos nas urnas democraticamente", afirmou Benedita à reportagem.
O deputado estadual Minc, que foi ministro do Meio Ambiente de Lula, também criticou a condução coercitiva do ex-presidente, embora defenda as investigações do Ministério Público e da Polícia Federal. Para Minc, a crise política é complexa e a situação "muito difícil".
"É preciso esclarecer o que tem de ser esclarecido e evitar os excessos. Uma coisa é combater a impunidade, outra coisa é tratar diferentemente (os investigados). Espero que a democracia consiga resolver os problemas do País", afirmou o ex-ministro.
O PT do Rio e os movimentos sociais que participaram da reunião desta sexta marcaram para domingo, às 10 horas, novo ato, em frente a Rede Globo de Televisão, no Jardim Botânico, zona sul do Rio. Para o presidente do PT fluminense, Washington Quaquá, é hora dos movimentos sociais reagiram ao que chama de tentativa de golpe.
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