Ministro da Justiça deve decidir se fica no cargo na semana que vem
O secretário de Comunicação Social, Edinho Silva, disse que a presidente Dilma "deu tranquilidade ao ministro para que ele faça aquilo que for melhor para ele, do ponto de vista pessoal". Acrescentou ainda que "ele foi o ministro identificado por ela, um ministro que ela entendia que era o melhor quadro para ocupar um cargo no ministério naquele momento e, portanto, é alguém que tem o respeito da presidente Dilma". Edinho reconhece, no entanto, que é "evidente que se criou aí um imbróglio jurídico que precisa ser resolvido".
O ministro Edinho Silva não quis falar em "erro" em Wellington César ter sido escolhido pelo governo. "Você julgar o que é erro hoje de uma decisão tomada anteriormente é muito simples, é fácil. Tinha uma interpretação jurídica, tinha uma interpretação da legislação, inclusive o governo se baseava em fatos existentes, outros integrantes do MP que ocupavam cargo em outras esferas do Executivo, portanto, o governo fez o que achou melhor", declarou. "Ele é um ministro convidado pela presidente Dilma, um ministro hoje empossado e, portanto, quem tem que fazer a opção agora é ele", completou.
Nomes
Diante da decisão do STF e o tempo dado ao ministro, a presidente resolveu esperar para investir em nomes. No Planalto, há quem acredite que Lima e Silva possa abandonar a sua carreira para ficar no governo federal.
A disposição da presidente Dilma é por alguém ligado à área jurídica, como o ministro aposentado do STJ Gilson Dipp. Mas ela ainda irá analisar este e outros nomes, na semana que vem. Dilma, no entanto, não estaria disposta a escolher os petistas porque não quer dar este caráter político ao Ministério da Justiça.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) era o nome mais cotado do partido. Já o ex-presidente Lula defendia a volta de Nelson Jobim ao posto que ocupou no governo Fernando Henrique Cardoso. Mas Jobim já teria dito a interlocutores que não tem a menor disposição de aceitar o cargo. Além disso, a presidente Dilma tem e teve divergências graves com Jobim, que bateu de frente com ela em diversas ocasiões. Primeiro quando os dois eram ministros de Lula e depois quando ele permaneceu no primeiro escalão do primeiro mandato de Dilma.
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