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Manifestantes contra impeachment fazem concentração no Dragão do Mar

Atos se concentraram nas praças da Bandeira e do Carmo e seguiram em direção ao Centro Dragão do Mar, onde aguardaram o governador Camilo Santana
16:33 | Mar. 31, 2016
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Atualizada às 20h37min

Manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) fizeram concentrações no Centro de Fortaleza, nesta quinta-feira, 31. Os dois atos, iniciados na praça da Bandeira e na praça do Carmo, são os primeiros com a presença do governador Camilo Santana (PT), que foi até a praça Almirante Saldanha, no Dragão do Mar. A organização estima a participação de 50 mil pessoas na manifestação, 40 mil a mais que a estimativa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Os grupos, organizados pela Jornada Nacional pela Democracia e Frente Povo Sem Medo, saíram do Centro por volta das 17 horas e caminharam em direção ao Centro Dragão do Mar. O ato na Praça Almirante Saldanha foi iniciado às 18h30min. Por volta das 18h50min, o governador Camilo Santana se juntou ao ato.

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%2b Veja as fotos da manifestação contra o impeachment da presidente

''Precisamos enviar força positiva para Dilma. Não há nenhuma coisa que possa favorecer o impeachment contra Dilma. Está claro que é um golpe contra a presidente", afirmou Camilo. "Se querem tirar a presidente Dilma, vão às urnas. O PMDB é uma vergonha, aliados há tantos anos e em três minutos saem. O mais importante é a mobilização do povo para garantir o direito da democracia. Então vamos às ruas garantir a democracia para o povo brasileiro", completou o governador.

A SSPDS divulgou, durante à noite, estimativa de 10 mil pessoas na manifestação que prosseguiu até a praça Almirante Saldanha. De acordo com a secretaria, não foram registradas ocorrências policiais, e o protesto foi tranquilo.

O ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), fez duras críticas ao PMDB. "Eu vi muita charge de um bando de rato abandonando um navio afundando. Acho que é o que melhor descreve a saída do PMDB".

Cid afirmou que a defesa do mandato de Dilma é boa para a democracia brasileira. "A gente não pode permitir que, em nome de um instrumento que existe para ser usado em caso de desonestidade, que não é o caso da Dilma, promova-se um golpe", defendeu. 

%2b Camilo conclama o povo a ir às ruas contra o golpe 

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O ex-secretário de cultura, Guilherme Sampaio (PT) e o deputado estadual Elmano de Freitas (PT) acompanharam a manifestação. Para Elmano, o movimento desta quinta significa que há uma unidade entre os democratas brasileiros “que fazem a luta em defesa dos trabalhadores”. “Essa unidade é responsável por reunir essa multidão em defesa da democracia, em defesa dos direitos do povo, por uma nova política econômica do País que garanta o direito do povo e políticas sociais”, disse.

Segundo ele, o que está em jogo é a democracia do Brasil e a disposição de um setor da sociedade brasileira que quer atacar os direitos dos trabalhadores. ''A tentativa de tirar a presidente Dilma é só um passo de um projeto muito maior que envolve entregar o pré-sal às multinacionais, rasgar a  CLT do Brasil e tirar o direito de manifestação do nosso povo. O pessoal está compreendendo isso sem deixar de ser oposição à presidente”, frisou. 

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A ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, além do líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, foram ao protesto no Centro Dragão do Mar. Antes, o parlamentar foi recebido com vaias e "chuva" de dinheiro falso no aeroporto internacional da capital.

Guimarães subiu ao palanque às 19 horas e puxou gritos de "não vai ter golpe". "Eles não têm 345 votos que eles imaginam que vão ter. O PMDB já saiu tarde", disse.

Após as falas de lideranças políticas, a banda ''Os Transnacionais'' subiu ao palco e tocou até às 20h30min. 

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Os integrantes do movimento Jornada Nacional pela Democracia fizeram às 15 horas uma concentração na Praça Clóvis Beviláqua - conhecida como Praça da Bandeira, próxima à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC). Já os membros da Frente Povo Sem Medo se reuniram na Praça do Carmo, na avenida Duque de Caxias, por volta das 14 horas.

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Para as manifestações desta quinta, houve adesões inclusive de setores de oposição ao governo federal, como o Psol. Em nota, a direção do partido afirma que, apesar de desaprovar gestão da presidente Dilma, reivindicará nos atos a "defesa das liberdades democráticas" e "denunciando a ofensiva da direita conservadora".

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Além da defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, os atos, que reúnem também movimentos sociais e centrais sindicais, criticam a possibilidade de reforma da Previdência e o ajuste fiscal em curso pelo governo. 

A Frente Povo Sem Medo reivindica a defesa das liberdades democráticas, denunciando as políticas de ajuste e retirada de direitos dos trabalhadores implementadas pelo governo Dilma. Além de denunciar o que foi chamado de "ofensiva da direita conservadora''.

 

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