Lula critica tucanos por buscarem veto de Gilmar a sua nomeação como ministro
Lula foi nomeado dia 16 para o cargo. No dia 18, Mendes suspendeu a nomeação, aceitando monocraticamente o pedido do mandado de segurança de dois partidos da oposição, PSDB e PPS, que alegavam que Lula havia tomado posse para ganhar foro privilegiado e ser julgado pelo Supremo. Mendes remeteu as investigações para primeira instância, sob comando do juiz Sérgio Moro em Curitiba. No dia 23, o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo, determinou que o juiz Sérgio Moro enviasse à Corte os processos que envolvem o ex-presidente Lula. A decisão, porém, não anulou a liminar concedida por Gilmar Mendes que suspendeu a nomeação do petista para Casa Civil. A questão da nomeação deve ser decidida no plenário do STF nesta semana.
Na coletiva de hoje, Lula disse que quer "ouvir mais gente" e "compartilhar decisões". Ele reforçou que só pretende ajudar o governo de sua sucessora Dilma Rousseff. "Imaginava contribuir, tenho boa experiência para contribuir, mas vamos aguardar. Se a presidenta Dilma quiser, me disponho a ser do Desenvolvimento Econômico e Social. Não quero salário, não quero status de ministro, quero apenas ajudar", disse. E afirmou que, se for ministro, fará reunião todos os dias para tirar o País do "sufoco". "Se eu for, reunião toda semana, acabou aquele negócio de reunião a cada três meses, vai ser a cada três horas. Que é pra gente tentar sair do sufoco que a gente está vivendo."
Lula disse ter convicção de que pode contribuir com o País e mudar o "humor" para dar uma guinada na economia. "Tenho convicção que posso contribuir, que em poucos meses é possível mudar o humor desse País. Se a gente mudar o humor, no outro dia você muda a economia. A sociedade está muito azeda", disse o ex-presidente em um trecho da coletiva que durou cerca de duas horas.
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