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Grupos contrários ao impeachment organizam atos em todo o País nesta quinta

A Jornada Nacional pela Democracia, em Fortaleza, se concentra na praça da Bandeira, no Centro, às 15 horas. A Frente Povo Sem Medo se reúne na praça do Carmo, a partir das 14 horas. O ato segue depois unificado
10:00 | Mar. 31, 2016
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Grupos contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff realizam nesta quinta-feira, 31, em todo o País manifestações em favor da democracia e contra o que classificam de golpe dos opositores. Um dos principais dirigentes do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está convocando, em sua página oficial no Facebook, os militantes para irem às ruas "em respeito às urnas, à Constituição, à democracia e à decisão da maioria"

As páginas do PT nas redes sociais também convocam os correligionários para os atos previstos para quinta, 31 de março, data escolhida para coincidir com os 52 anos do golpe militar de 1964. O ato foi batizado de "Dia Nacional de Luta pela Democracia e Contra o Golpe" e parte dos movimentos também usa o termo "Jornada Nacional pela Democracia".

Em Fortaleza, o PT Ceará organiza a Jornada Nacional pela Democracia, na praça da Bandeira. O ato tem início às 15 horas e deve sair em caminhada.

A Frente Povo Sem Medo se reúne na praça do Carmo a partir das 14 horas. A manifestação reivindica a defesa das liberdades democráticas, denunciando as políticas de ajuste e retirada de direitos dos trabalhadores implementadas pelo governo Dilma. Além de denunciar o que foi chamado de "ofensiva da direita conservadora". O grupo sairá em direção a praça da Bandeira para se unir ao ato petista.

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Além da defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, os atos, que reunirão também movimentos sociais e centrais sindicais, também irão criticar a possibilidade de reforma da Previdência e o ajuste fiscal em curso pelo governo.

Em Brasília, a concentração começar às 14h, no estacionamento do estádio Mané Garrincha e, às 17h, os manifestantes se deslocarão até o Congresso Nacional. A expectativa dos organizadores é que o ato em Brasília reúna cerca de 100 mil pessoas e as principais lideranças.

O ex-presidente Lula deve participar do ato em Brasília, segundo informou a Central Única dos Trabalhadores (CUT), ao lado do presidente da central, Vagner Freitas. Na capital federal, está prevista uma passeata do estádio Mané Garrincha até a Esplanada dos Ministérios. A assessoria de Lula ainda não confirmou a participação dele.

Em São Paulo, a manifestação vai ocorrer na Praça da Sé, centro da cidade, a partir das 16 h. Durante o dia, contudo, estão programadas também atividades culturais.

Segundo o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), o ato ocorrerá no local onde há 30 anos a população defendeu o direito ao voto direto, numa referência ao Movimento Diretas Já. "Agora nós vamos defender a democracia", afirmou Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP). No Rio de Janeiro, a manifestação está marcada também para começar a partir das 16h, no Largo da Carioca, no centro.

A expectativa é que a mobilização atinja pelo menos 60 cidades no País, incluindo 25 capitais. A previsão é de manifestações também no exterior, incluindo cidades como Nova York, Londres, Lisboa e Buenos Aires.

Postagens.

Em uma das postagens em seu perfil oficial no Facebook, Lula lembrou o 31 de março de 1964 e as consequências que o golpe militar trouxe para o País. "Tempos sombrios", disse o petista.

O perfil de Lula também tem vídeos de personalidades chamando para os atos desta quinta. "Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe de Estado, nós todos sabemos disso. Temos que impedir essa violência contra a democracia", diz Fernando Pimentel (PT), governador de Minas.

O PT criou um logo para as redes: "31 de março, dia de defender a democracia. Eu Vou!", com as cores da bandeira do Brasil e o 'eu vou' em vermelho, além da estrela do PT, pequena, mas presente na imagem. No site oficial do partido, há uma chamada na capa para os atos, com uma agenda das mobilizações pelo País.

Estarão unidas a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. A primeira tem a CUT, mais alinhada ao governo, a segunda tem entre seus integrantes o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto(MTST), comandada por Guilherme Boulos, e de postura mais refratária à atual gestão petista.

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