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Contrastes marcam Capital durante ato contra governo Dilma

Alguns dos manifestantes pró-impeachment usaram bares e restaurantes da região como ponto de apoio
21:27 | Mar. 13, 2016
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O ato organizado por grupos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff mobilizou milhares de pessoas entre os bairros Praia de Iracema e Meireles.

Além dos manifestantes, moradores de prédios na avenida Beira Mar, frequentadores de bares e restaurantes, pequenos comerciantes, esportistas ou pessoas que trafegavam pelas ruas do entorno tiveram suas rotinas alteradas na tarde deste domingo (13).

Por volta das 15h30, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) bloqueou trecho da avenida Historiador Raimundo Girão, entre a avenida Rui Barbosa e a rua Carlos Vasconcelos. Ao longo da tarde e início da noite, também foram bloqueados trechos da avenida Beira Mar, entre a avenida Rui Barbosa e a Rua José Napoleão.
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Alguns dos manifestantes pró-impeachment usaram bares e restaurantes da região como ponto de apoio. Ambulantes também aproveitaram o ato político para vender produtos como milho assado, queijo, salgados, sucos, água, cerveja, sorvete etc. “Vim do Álvaro Weyne para cá porque sabia que viria muita gente e poderia vender bem”, disse o ambulante Jones de Macedo, 29. Próximo a pontos de concentração de manifestantes, havia ainda food trucks.


Algumas pessoas aproveitaram o ato para circular pelo aterro da Praia de Iracema, pela ponte Beira Mar (espigão da avenida Rui Barbosa) ou por outros pontos turísticos da orla. Esse foi o caso do cantor e compositor Neo Pi Neo, 59. "É um momento muito oportuno para refletir sobre valores que queremos deixar para as próximas gerações. Pessoas inescrupulosas não podem comandar o Brasil. Acho que a manifestação de hoje foi bem sucedida quanto à necessidade de mudança na política brasileira", disse.

Moradores de edifícios na avenida Beira Mar apoiavam a passeata de manifestantes que pediam a saída da presidente Dilma Rousseff e gritavam palavras de ordem favoráveis ao juiz Sérgio Moro. O empresário Marcelo Rios, 71, expressou apoio ao ato antigoverno da sacada do prédio onde mora. “Essa manifestação é muito positiva porque o Brasil está precisando de uma mudança”, disse.

Dezenas de motoqueiros se dirigiram da avenida Barão de Studart à Beira Mar em apoio ao evento político oposicionista. Mas enquanto a passeata avançava pela avenida, canoístas, surfistas, corredores, praticantes de stand up paddle, futebolistas, jogadores de vôlei, entre outros esportistas aproveitavam a tarde de domingo normalmente, sem dar muita atenção ao ato. “Para mim, jogar vôlei no domingo é sagrado. Sabia da manifestação, mas não imaginava que ela fosse chegar até aqui”, disse a estudante Rayane Golias, 18 anos.

Bem próximo de onde acontecia a passeata contra a presidente Dilma Rousseff, uma mulher e sua filha seguravam um apetrecho com motivos nacionalistas, enquanto esperavam pela caridade das pessoas que passavam pela avenida Beira Mar. "Nada vai mudar por causa dessa manifestação. Há cinco anos espero receber uma casa do 'Minha Casa, Minha Vida'. Vim lá do Parque Genibaú. A única coisa que posso fazer é pedir ajuda a quem passa", disse a mulher.

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