Tucano diz que Haddad deveria ter se dedicado a pacto federativo
"Ele (Haddad) dizia que tinha prestígio com o governo federal e que ia trazer recursos, mas mais que discutir isso ele tinha que trazer o debate do pacto federativo. O prefeito disse recentemente que estava buscando R$ 2 bilhões para São Paulo, conversa! O governo federal está quebrado hoje", afirmou na noite desta quinta-feira, 4.
Trípoli argumentou que a capital paulista é responsável por 11% do PIB nacional e que apenas 0,01% dos recursos públicos gerados pela economia paulistana volta para cidade. Segundo o pré-candidato, São Paulo não tem mais uma dívida tão grande com as regiões mais pobres do País e precisa lutar para ter mais verbas.
Último a entrar na corrida, Trípoli entrou nas prévias tucanas em janeiro e disse acreditar que a eleição novamente se polarize entre PT e PSDB. Ele mostrou estar afiado para apontar falhas na gestão Haddad. Segundo Trípoli, o petista cria 'factoides', mas não proporciona soluções reais aos problemas da cidade. "Ele cria factoides para ocupar espaço na mídia, mas não cria soluções para problemas que são claros."
O deputado citou como factoides 'placas' com novos limites de velocidade e ciclovias com problema de planejamento e disse que Haddad não implementou o Arco do Futuro, proposto na campanha para descentralizar a economia da cidade, nem cumpriu metas relacionadas a creches, hospitais e corredores de ônibus.
Trípoli participa de evento promovido pela Casa do Saber, entidade que recebe desde o ano passado os pré-candidatos à disputa pela Prefeitura paulistana. Já foram recebidos, segundo a organização, o prefeito Fernando Haddad (PT), pré-candidato à reeleição, a senadora Marta Suplicy, pelo PMDB, e os tucanos Andrea Matarazzo e João Dória.
Durante a abertura da palestra, Trípoli se apresentou aos presentes como homem público com mais de 30 anos de carreira. Ele construiu sua fala de forma a desassociar a ligação automática de seu nome à defesa dos animais e do ambientalismo. Ele disse que não é apenas uma 'pessoa que gosta de bichinhos' e que quer ser prefeito, destacando a amplitude de pautas ligadas a animais e proteção do ambiente. "Não quero ser prefeito para ser lembrado por levantar 300 edifícios, mas como prefeito que entendeu as pessoas."
O tucano falou de seus hábitos como morador de São Paulo, desde a infância, de gostar de falar com vizinhos, de ir ao Mercado Municipal e acompanhar futebol de várzea. Seu lema foi dizer que a cidade precisa ser 'resgatada' em sua autoestima. Ele defendeu uma política humanizada e a melhor gestão de áreas como Saúde, Segurança e Educação através de maiores sinergias com o governo federal e estadual.
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