Lindbergh pede apoio de senadores para barrar proposta de autonomia do BC
"Eles querem um mandato fixo que perpassa os mandatos presidenciais. De que adianta eleger um presidente da República se você não pode nomear o presidente do BC?", questionou o petista. "A tese do Banco Central independente é deixá-lo aprisionado aos interesses do mercado", criticou.
Lindbergh citou o fato de que, em alguns momentos, como em janeiro, não se pode olhar apenas para a elevação de juros para conter a inflação sem levar em conta o ambiente econômico deteriorado. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 14,25% ao ano, apesar de sinalizações anteriores de aumento dos juros, foi criticada por suspeita de interferência política.
Em aparte, o senador João Capiberibe (PSB-AP) concordou com o petista e disse que dar autonomia ao BC é "entregar o resto" ao dizer que 50% do esforço do País no ano passado foi para pagar os serviços da dívida pública. O senador do PT disse que, na volta do carnaval, pretende reunir um grupo de parlamentares para conversar com Renan sobre a agenda que ele apresentou para a Casa em 2016.
Ele criticou Renan por ter incluído entre as prioridades, além da autonomia do BC, os projetos que tratam da terceirização e que desobriga a Petrobras ser a operadora única na exploração do pré-sal. "Essa agenda aqui que ele quer nos oferecer nós não vamos aceitar", afirmou.
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