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Alckmin diz que acusações contra Doria em prévias do PSDB são 'ridículas'

14:50 | Fev. 29, 2016
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), classificou de "ridícula" a acusação de abuso de poder econômico e uso da máquina pública por parte do empresário e pré-candidato a prefeito da capital paulista João Doria na prévia realizada nesse domingo, 28, pelo PSDB. "O problema é que ainda não estamos acostumados com essa disputa democrática. Estamos acostumados a 'partido-cartório', de livro de ata, que decide o candidato em mesa de restaurante, com vinho importado", criticou o governador na manhã desta segunda-feira, dia 29, em Campinas.

"Falar disso em uma disputa com a participação de milhares de pessoas é absolutamente ridículo", disse Alckmin sobre as acusações de abuso e a tentativa de impugnar a candidatura de Doria e a prévia. O pedido foi feito pelo ex-governador Alberto Goldman e pelo presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal.

Alckmin elogiou os três candidatos: João Doria, que tem o seu apoio, Andrea Matarazzo e Ricardo Tripoli.

"A democracia tem que começar dentro de casa. Acho que a prévia oxigena o partido, aprofunda temas, ouve mais pessoas. Prévia é assim mesmo, tem disputa, debate. Acho que deveríamos até avançar e passar de prévias para primárias, como ocorre nos Estados Unidos", afirmou.

Como exemplo de bons resultados que podem ocorrer com a implantação de primárias, ele citou o presidente norte-americano, Barack Obama. "Não teríamos um estadista como o Obama se dependesse do 'establishment'. Um candidato negro, com sobrenome Hussein, nascido no Havaí, só conseguiu ser candidato e presidente porque mostrou suas ideias e propostas nas primárias", afirmou o tucano.

Alckmin esteve em Campinas em um evento de homenagem aos 20 anos de morte do prefeito José Roberto Magalhães Teixeira, um dos fundadores do PSDB e que morreu de câncer no último ano de seu mandato de prefeito. Magalhães Teixeira foi o primeiro prefeito a implantar no Brasil um programa de transferência de renda, que serviu de referência para a implantação do Bolsa Escola, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSD), e o Bolsa Família, no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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