Cunha: liderança do PMDB não pode se transformar em um assessor do governo
Cunha, que nos bastidores atua contra a recondução do atual líder Leonardo Picciani (RJ), disse que a bancada precisa de um perfil de líder que reúna os 67 deputados e lembrou que o PMDB da Câmara sofreu nos últimos tempos um processo de divisão. "Alguém que tenha essa condição de compor a bancada de novo, de unir a bancada. Não necessariamente alguém que seja contra o governo ou a favor do governo", declarou.
Para Cunha, Picciani contribuiu para a desunião entre os peemedebistas. "Me parece que ele não conseguiu unir, ao contrário, conseguiu desunir. É importante buscar alguém que una", reforçou o presidente da Câmara. O peemedebista reafirmou seu desejo de votar na eleição deste ano, ao contrário do ano passado, quando não votou.
Cunha deixou a Câmara nesta tarde evitando comentar as últimas denúncias envolvendo a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, e nomes como do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, sua sucessora Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros. Ao ser questionado se gostaria que Renan recebesse o mesmo tratamento dado a ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Cunha respondeu apenas que não.
Sobre o conteúdo da delação de Cerveró que menciona a presidente Dilma, Cunha evitou relacionar os desdobramentos da Operação Lava Jato com o processo de impeachment iniciado na Câmara. "A motivação (da abertura do processo) é por causa das pedaladas e não tem a ver com as denúncias. Isso é mais uma questão de sentimento que alguém possa ter. As motivações do pedido de impeachment são outras", afirmou.
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