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Sorridente, Dilma inicia reunião com ministros para avaliar impeachment

16:45 | 03/12/2015
A presidente Dilma Rousseff iniciou a reunião com 23 ministros e o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), bastante sorridente - fato pouco comum segundo os repórteres de imagem que acompanham esse tipo de encontro.

Na reunião, que trata da avaliação sobre a abertura do pedido de impeachment contra ela, Dilma tem logo ao seu lado esquerdo o ministro da Defesa, Aldo Rebelo e, do direito, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, que já ocupou o cargo de Rebelo. A presidente ainda fez questão de ser fotografada e filmada com uma caneta na mão, entendido como uma metáfora sobre quem estaria no comando do País.

Pela manhã, Wagner disse, na série de ataques ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que a presença do deputado no comando da Casa era perigosa e temerária. Segundo Wagner, mesmo investigado pelo Conselho de Ética da Câmara, Cunha "tinha a caneta na mão e por isso ele não poderia sentar na cadeira da presidência" para tomar decisões como a de ontem, de abertura do processo de impeachment.

Além de Rabelo e Jaques Wagner, participam da reunião os ministros: Edinho Silva (Secretaria da Comunicação Social); Armando Monteiro (Desenvolvimento); Celso Pansera (Ciência e Tecnologia); George Hilton (Esporte); Eliseu Padilha (Aviação Civil); Gilberto Kassab (Cidades); Gilberto Occhi (Integração Nacional); Helder Barbalho (Secretaria do Portos); Henrique Alves (Turismo); José Eduardo Cardozo (Justiça); Kátia Abreu (Agricultura); Marcelo Castro (Saúde); Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); André Figueiredo (Comunicações); Juca Ferreira (Cultura); Aloizio Mercadante (Educação); Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União); Nilma Gomes (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos); Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário); Tereza Campello (Desenvolvimento Social).

Segundo na linha sucessória caso a presidente seja mesmo afastada do cargo, o vice Michel Temer avisou o Palácio do Planalto que não iria participar do encontro. O motivo seria um compromisso familiar em São Paulo.

Wagner tentou minimizar a ausência e afirmou que Temer fez questão de se encontrar com a presidente pela manhã. De acordo com o ministro, o vice já estava na base aérea, mas decidiu retornar para conversar pessoalmente com Dilma.

No encontro, que durou cerca de 20 minutos, os dois fizeram um balanço do cenário político e Temer teria se colocado à disposição para ajudar na defesa do governo. O vice-presidente pediu ainda que Dilma agisse de forma institucional para diminuir a crise política.

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