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Relator Marcos Rogério vota pela continuidade de processo contra Cunha

Aliados de Cunha, no entanto, entraram com pedido de vista para analisar o parecer, mais foi rejeitado por 11 votos a 9

09:49 | 15/12/2015
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Atualizada às 10h23min

O relatório do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) sobre o processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indicou a admissibilidade de continuar o processo. O Conselho de Ética da Casa está em sessão na manhã desta terça-feira, 15, para decidir sobre a ação que pode culminar na cassação do mandato do presidente da Câmara.

O novo relator Marcos Rogério, que substituiu o deputado Fausto Pinato (PRB-SP), fez apenas uma complementação de voto para que o parecer seja imediatamente submetido à apreciação.

Aliados de Cunha, no entanto, entraram com pedido de vista para analisar o parecer, mais foi rejeitado por 11 votos a 9. Deputados governistas pressionam o presidente pela votação da admissibilidade. A tropa de Cunha, no entanto, acusa o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), de ter ferido o regimento. O novo relator quer que a análise continue de onde parou para acelerar a votação, mas um grupo de parlamentares defende nova troca de relatoria. Nobre não vê motivos para esta mudança.

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Afastamento
O ex-relator do processo Fausto Pinato foi afastado, na semana passada, por decisão do 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA). O argumento para tirar Marcos Rogério da função é que o parlamentar teria antecipado seu voto em declarações à imprensa.
[SAIBAMAIS 3] Para o advogado de Cunha, Marcelo Nobre, não há motivos para mudanças na votação do relatório, mesmo diante da Operação Catilinárias, deflagrada nesta terça-feira, 15, pela Polícia Federal. “Uma coisa é a ação judicial no Supremo [Tribunal Federal], que os criminalistas estão cuidando. Outra coisa é aqui no Conselho”, afirmou Nobre.

O jurista reconheceu que está “preocupado” com as reações dos parlamentares, mas considerou essa preocupação “natural”. “Vou continuar fazendo minha defesa técnica. Acredito nela”, completou.

Nobre ainda apelou para que o colegiado respeite o Regimento Interno da Casa. Para ele, com o novo relatório sobre o caso é preciso que a defesa se manifeste novamente. O advogado afirmou que pretende apresentar novamente os argumentos a favor de Cunha, depois que o relatório de Rogério for lido. “Tem que cumprir a lei. Tendo o direito a defesa estou satisfeito”, afirmou.

Mesmo com divergências, o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), abriu espaço para a manifestação da defesa de Cunha, mas afirmou que “não há obrigação em dar a palavra à defesa nesta fase do processo”.

Araújo abriu a sessão com um apelo aos parlamentares para não repetissem o cenário de agressões que marcou a reunião da semana passada. “Agirei com muito rigor. Imploro aos senhores que não deem outro exemplo para o Brasil como aquele”, apelou. Araújo disse que não poderia repreender os parlamentares mas pediu para que o colegiado mantivesse o equilíbrio.

Redação O POVO Online
com informações da Agência Brasil
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