Presença do PMDB no governo tem que ser com programas e propostas, diz Renan
O peemedebista destacou que, quando se elegeu pela última vez para o comando do Senado, disse a seu então adversário Luiz Henrique (PMDB-SC), que não iria confundir a eleição para a presidência da Casa com a participação do governo. Este ano, Dilma retirou da Esplanada o então ministro do Turismo, Vinícius Lages, atual chefe de gabinete de Renan.
"Presidente do Congresso, para ter independência e isenção, não tem que participar do governo, indicar cargos. A presença do PMDB tem que ser com programa, com propostas, com caminho, é o que o governo espera", afirmou Renan.
Durante entrevista na chegada a seu gabinete, o presidente do Senado esquivou-se de comentar outros pontos do conteúdo da carta que de Temer à Dilma Rousseff na qual o vice reclama de falta de apoio a ele e ao PMDB. Apesar da insistência dos questionamentos, ele afirmou não se sentir "bem" em comentar os fatos relatados na correspondência, mas a classificou como um desabafo.
"Não me sinto bem, é uma carta de um vice-presidente para um presidente da República, é um documento institucionalmente importante, mas é preciso que se diga que não é político, partidário e coletivo, é uma coisa pessoal, um desabafo. Temos que compreendê-lo desta forma", limitou-se a dizer, em uma das manifestações.