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PF investiga desvios de R$ 200 milhões em obras da transposição do São Francisco

As investigações também apontaram que algumas empresas ligadas à organização criminosa estariam em nome do doleiro Alberto Youssef e do lobista Adir Assad - investigados na Operação Lava Jato

08:47 | 11/12/2015
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A Polícia Federal deflagrou a ''Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória'', nesta sexta-feira, 11, para investigar superfaturamento das obras de engenharia feitas por empresas em dois dos quatorze lotes da transposição do rio São Francisco. São cumpridos 32 mandados judiciais no Ceará e em outros sete estados, além do Distrito Federal.
[SAIBAMAIS 3]
Segundo a PF, foram mobilizados 150 policiais federais para o cumprimento dos mandados, dos quais são 24 de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva e quatro de prisão temporária. A investigação aponta que empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesao, responsável pela obra, utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas destinadas à transposição do rio em trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba.

Até o momento, os contratos suspeitos já estão na ordem de R$ 680 milhões. Os investigados podem responder por associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro. Os outros estados em que a operação ocorre são: Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia.

Nome da operação
A PF explicou que o nome da operação, Vidas Secas - Sinhá Vitória, representa a mulher do sertão, que não se rende à miséria. Uma personagem descrita no livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, como uma mulher forte, que fazia as contas do pagamento recebido do dono da fazenda onde trabalhavam sempre chegando à conclusão de que eram roubados.

Lava jato
As investigações também apontaram que algumas empresas ligadas à organização criminosa estariam em nome de um doleiro e a um lobista investigados na Operação Lava Jato. Eles seriam Alberto Youssef e Adir Assad, que foram presos e condenados por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

Para os desvios,  segundo o O Estado de S. Paulo, eram usadas empresas de ambos, como a MO Consultoria, de Youssef.

Redação O POVO Online
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