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Opositores defendem impeachment na AL: "oportunidade de passar o País a limpo"

Mesmo com críticas ao presidente da Câmara, a maioria dos deputados da oposição defendeu abertura do processo de impeachment

12:31 | 03/12/2015
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Decisão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em acatar pedido de impeachment contra Dilma Rousseff (PT) no Congresso dividiu deputados estaduais cearenses nesta quinta-feira, 3. Mesmo com críticas ao presidente da Câmara, a maioria dos deputados da oposição defendeu abertura do processo de impeachment e disse que ação pode ser positiva para a democracia.

“Se for comprovado que as acusações contra ela não procedem, então acabou. Mas se sim, então teremos a oportunidade de passar o País a limpo”, disse Danniel Oliveira (PMDB). A deputada Dra. Silvana (PMDB) rebateu ainda afirmação de deputados da base aliada de que o processo seria “golpista”.

[SAIBAMAIS 4]“O impeachment é garantido pela Constituição Federal, não é golpe. Golpe é fechar os olhos e fingir que está tudo bem quando não está”, disse Silvana, que acusou Dilma de “enganar a população” durante a campanha eleitoral de 2014. Em sua fala, Leonardo Araújo (PMDB) defendeu que tanto Dilma quanto Cunha devem ser afastados.

O deputado Carlos Matos (PSDB) também foi crítico tanto a Dilma Rousseff quanto Eduardo Cunha, considerando o embate entre os dois como “um duelo de gangues”. O deputado Roberto Mesquita (PV) também defendeu avanço do processo. Já Agenor Neto (PMDB) defendeu que sejam convocadas novas eleições gerais para o País.

Outro lado


Em resposta às críticas da oposição, diversos deputados da base saíram em defesa da presidente. “Nosso mandato se posiciona frontalmente contra qualquer forma de golpismo e repudia a ruptura democrática sem comprovações reais de crime”, disse Carlos Felipe (PCdoB).

Segundo o deputado, não foi “coincidência” que o processo tenha sido acatado por Cunha poucas horas após o PT decidir votar contra ele no Conselho de Ética da Câmara. “Isso foi retaliação, barganha e chantagem”, diz. Mesmo opositor, Renato Roseno (Psol) criticou "instrumentalização" de processo grave como o impeachment.

Redação O POVO Online
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