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'É difícil imaginar impacto social de mais um ano de incerteza', diz Firjan

16:05 | 03/12/2015
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou nota nesta quinta-feira, 3, em que afirma que o Brasil precisa de "estabilidade política e econômica para voltar a crescer". Segundo a entidade, os empresários acompanham com preocupação o embate político "que paralisa o País, dizima postos de trabalho, inviabiliza o investimento e arrasta a governabilidade ao patamar mais baixo em duas décadas".

"É difícil imaginar a magnitude do impacto social de mais um ano de incerteza. Esta é uma preocupação que os atores políticos precisam ter em mente", diz a Firjan no comunicado.

Na quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou o deferimento do pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A requisição havia sido feita pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior e pela advogada Janaína Conceição Paschoal, baseada na assinatura de seis decretos pela presidente sem autorização do Congresso Nacional e na prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir metas parciais da previsão orçamentária, as chamadas pedaladas fiscais de 2015.

"Felizmente, o País tem dado repetidas provas de maturidade institucional e a democracia brasileira se fortalecerá uma vez mais, inclusive diante do desafio de lidar novamente com a instauração de um processo de impeachment", afirma a entidade.

A Firjan lembra que o ano de 2015 foi marcado por uma crise de confiança, tanto dos agentes econômicos quanto da sociedade em geral, que afetou a atividade. No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 4,5% em relação a igual período do ano passado, a maior retração já vista na série atual do IBGE, iniciada em 1996.

"O alento de todos repousa na certeza de que a solidez das instituições permitirá que se cumpra com serenidade a travessia de tempos tão difíceis. É importante apenas que a instabilidade política, que hoje contamina a atividade econômica, chegue ao fim o mais breve possível", diz a Firjan.

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