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Dilma pode fazer pronunciamento sobre aceitação do pedido de impeachment

Assim que soube da decisão, ela se reuniu com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, para analisar os impactos da decisão

18:40 | 02/12/2015
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A presidente Dilma Rousseff (PT) vai fazer um pronunciamento ainda nesta quarta-feira, 2, sobre a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de abrir um processo de impeachment contra ela.

Assim que soube da decisão, ela se reuniu com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, para analisar os impactos da decisão.O encontro durou menos de cinco minutos. A presidente ordenou que o ministro se reunisse com a equipe jurídica do Palácio do Planalto para analisar a questão. Até o momento, não há nenhum posicionamento oficial do governo.

[SAIBAMAIS 3]

Assessores palacianos assistiram pela TV ao anúncio e, apesar de dizerem que o governo está preparado para enfrentar o processo no Congresso, demonstravam perplexidade diante da decisão do presidente da Câmara.

Desde o início da semana, Cunha fez chegar ao Planalto a informação de que iria deflagrar o impeachment caso o PT votasse a favor da admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar que tramita contra ele no Conselho de Ética da Câmara.

Nesta quarta, a bancada petista anunciou a sua posição contra Cunha. Horas depois, o peemedebista convocou uma entrevista coletiva para declarar que havia decidido abrir o processo de afastamento de Dilma.

Pedido de impeachment
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), acolheu pedido para abrir o processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Irritado com a decisão do PT de declarar voto contrário a ele no Conselho de Ética, o presidente da Câmara já havia sinalizado que tomaria a decisão até o final de semana."Minha posição será a mais isenta possível, sem nenhum espírito de torcida", disse Cunha em entrevista. O processo será analisado por Câmara e Senado.

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 2, Cunha afirmou que "o momento do governo é de crise" e que "isso acabará sendo a forma que o país enfrentará a situação".  Ele disse ainda que "estava passando do limite do razoável o momento de proferir essa decisão".

Cunha acolheu o pedido dos juristas Helio Bicudo, Reale Jr. e Janaina Paschoal. Ele pontuou que a aceitação do pedido de impeachment tem "natureza técnica" e o processo seguirá "processo normal, com amplo direito ao contraditório". Houve aplausos ao presidente da Câmara ao anunciar a abertura do processo. 

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