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Cunha diz a aliados considerar que impeachment se encerra em março na Câmara

17:55 | 17/12/2015
Confiante de que a maioria dos ministros Supremo Tribunal Federal (STF) manterá o entendimento do ministro Edson Fachin sobre a tramitação do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou, nesta quinta-feira, 17, em reunião com líderes partidários, que o processo de afastamento da petista deve ser concluído na Casa na segunda semana de março.

Em relatório apresentado ontem no STF sobre o rito de impeachment, o ministro Edson Fachin impôs derrota ao governo ao rejeitar pontos centrais na tentativa do governo de barrar o processo de afastamento iniciado na Câmara. O processo continua em discussão na tarde desta quinta no plenário da Suprema Corte.

De acordo com três líderes da base ouvidos pela reportagem, que se reuniram hoje com o Eduardo Cunha, o cronograma discutido no gabinete da presidência da Câmara prevê que logo na primeira semana de fevereiro a instalação da comissão especial que conduzirá o processo de impeachment.

Em seguida se suspenderá os prazos regimentais em razão do recesso do carnaval. E após esse período será aberto o prazo de 10 sessões para a presidente Dilma apresentar sua defesa e mais cinco sessões para se apresentar o relatório. Pelos cálculos de Cunha, o processo estaria no plenário na segunda quinzena de março.

Diante desse cronograma, Cunha, segundo entendimento dos líderes, não conta com a possibilidade de deixar o mandato. O pedido de afastamento do peemedebista do cargo foi apresentado ontem ao STF procurador-geral, Rodrigo Janot, mas a decisão dos ministros da Suprema Corte deve ocorrer após o recesso no Judiciário.

Segundo relatos dos três líderes, nas conversas Cunha também chegou a colocar em discussão a possibilidade de criar uma chapa avulsa para disputar as vagas da "chapa opositora" que ainda não foram preenchidas. No último dia 8 de dezembro, em votação secreta, o plenário da Câmara elegeu a chapa alternativa integrada por deputados de oposição e dissidentes da base governista para a comissão especial. Na ocasião, a chapa foi composta apenas por 39 deputados, restando a indicação de outros 26 para que se completasse o total de 65 membros.

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