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Anistia Internacional lança campanha contra violência policial e execuções

A ação destaca que, na maioria dos casos, os policiais envolvidos alegam reação em legítima defesa - justificativa que "raramente" é investigada

16:40 | 03/12/2015

Está em curso nova ação do movimento Anistia Internacional para pressionar os governos brasileiros a atuarem contra a violência policial. Intitulada “Diga Não à Execução”, a campanha já promoveu “adesivaços” no Rio de Janeiro e denuncia execuções extrajudiciais praticadas por policiais em serviço.

A ação ocorre poucos dias após cinco jovens serem assassinados por policiais no Rio de Janeiro. Após metralharem o carro com os cinco jovens, os PMs teriam tentado forjar um cenário de auto de resistência - quando é alegada a legítima defesa. A Polícia Civil, no entanto, identificou fraude no caso. Sem passagem pela polícia, os jovens comemoravam o 1º salário de uma das vítimas.

“Entre 2005 e 2014, 5.132 pessoas foram mortas por policiais em serviço na cidade do Rio de Janeiro. A grande maioria das vítimas era de jovens negros que viviam em favelas”, diz nota da Anistia Internacional. A ação destaca que, na maioria dos casos, os policiais envolvidos alegam reação em legítima defesa – justificativa que “raramente” é investigada.

Auto de resistência

“A falta de investigações eficazes e imparciais permite que esses registros sejam usados como uma cortina de fumaça para encobrir execuções extrajudiciais”, diz nota do movimento. A organização lançou ainda um abaixo assinado em sua página inicial, que faz uma série de cobranças ao governo do Rio de Janeiro e do Ministério Público.

Entre os pedidos, está a criação de uma força-tarefa para garantir investigação “completa, ágil, imparcial e independente” de casos de “homicídio decorrente de intervenção policial”. Outra demanda é a condenação pública do uso desnecessário e excessivo da força pela polícia, bem como campanhas para erradicar a prática de execuções extrajudiciais.

Redação O POVO Online
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