Momentos antes do início da votação que pode relaxar a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), afirmou que não há como saber qual o resultado. "Não sei se é corporativismo (dos senadores, em caso de relaxamento da prisão), é uma questão constitucional, da Casa", afirmou. A reunião para definir o futuro do petista estava prevista para as 17 horas.

O peemedebista - que lidera a maior bancada do Senado - disse que a Casa tem autonomia para decidir a forma da votação do caso envolvendo o petista. Questionado se melhor seria esperar uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de liminar da oposição para garantir uma votação aberta do caso, Eunício destacou que o Senado é um Poder.

"Isso aqui é um Poder, o poder vai decidir com a autonomia que tem que decidir. Que aqui tem poder para decidir, tem. Cabe ao regimento e a interpretação da Constituição", disse.

Aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendem que, com base no regimento interno da Casa, a votação sobre se Delcídio será mantido em prisão preventiva será secreta, sem registro nominal de votos. A oposição, por sua vez, vai apresentar ainda hoje ao STF um mandado de segurança, com pedido de liminar, para garantir o voto aberto na sessão sobre o petista.

Eunício disse que vai acatar a decisão da Mesa Diretora do Senado sobre a forma de votação. Contudo, ele destacou que, quando em 2013 houve mudanças sobre a forma de votação, não se mexeu na questão do voto aberto.