Ruralistas convocam Jaques Wagner para explicar ações em greve dos caminhoneiros
Integrantes da bancada ruralista classificaram a convocação de Wagner como "um passeio" em comparação a votação do requerimento que convocou Cardozo. Uma semana antes, deputados do PT tentaram evitar a obrigatoriedade da ida deles à Câmara, mas não obtiveram sucesso.
Depois de o ministro da Justiça ser convocado, o grupo foi auxiliado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na semana passada, a pedido do líder do governo, José Guimarães (PT-CE), o peemedebista acelerou o início da Ordem do Dia no plenário. Com isso, interrompeu a reunião do colegiado e adiou, para hoje, a votação do requerimento.
Além da ajuda de Cunha, deputados do PT também agiram para evitar as convocações. Parlamentares petistas recorreram a vários mecanismos para segurar ao máximo o desenvolvimento da reunião da Comissão de Agricultura na semana passada, o que não se repetiu na reunião que terminou a convocação de Wagner.
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) defendeu que o governo teve oportunidade de iniciar um diálogo mais amigável na semana passada, mas não quis receber os representantes do movimento. "Se revogar a Medida Provisória 699 (que endurece a punição para quem bloquear as estradas), podemos abrir mão da convocação", disse o deputado.
Irajá Abreu (PSD-TO), presidente da Comissão, questionou os parlamentares que fizeram os pedidos - Goergen e Valdir Colatto (PMDB-SC) - se havia algum acordo com o governo para que não fosse necessária a obrigatoriedade da ida dos ministros. "Nossa proposta é essa, o governo retira a MP, leva a paz para os transportadores e nós retiramos o requerimento", afirmou.
A Comissão também aprovou um convite ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, para que ele apresente os resultados das políticas da pasta e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).