Organizadora de marcha diz que conflito fora do Congresso foi racismo
Segundo Iêda, ao passarem em frente ao acampamento do gramado do Congresso, onde estão reunidos principalmente grupos que defendem a intervenção militar no País, as participantes do evento foram agredidas sem razão. "Não tínhamos bomba, não temos armas", afirmou a militante, que foi recebida nesta tarde com algumas outras mulheres pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
O episódio, de acordo com Iêda, não foi relatado à presidente, pois a reunião com Dilma foi agendada para que o grupo pudesse apresentar uma pauta de reivindicações em defesa das mulheres negras de todo o País. "Houve um momento de tumulto, não estamos dizendo que não houve, mas essa não é prioridade da nossa vinda", explicou. "Não vamos entrar nessa provocação", afirmou, ressaltando que o tema de violência contra a mulher foi debatido com a presidente, mas sem especificar o episódio.
Os intervencionistas acusaram as integrantes da marcha de destruírem barracas e o boneco inflável gigante do general Antonio Hamilton Martins Mourão. Membros da passeata, por sua vez, acusaram os intervencionistas de atirar e jogar bombinhas nos integrantes do ato.