Edinho rebate grevistas da EBC e diz ser natural estatal contratar sem concurso
Algumas dezenas de funcionários protestaram com cartazes e faixas, além de fazerem barulho com um carro de som enquanto acontecia a entrevista coletiva do ministro do lado de dentro do local do evento.
Segundo Priscila Kerche, jornalista e representante dos empregados da EBC, 70% dos contratados da estatal não são concursados e portanto sujeitos a terem conseguido o emprego por meio de indicação política. O ministro não soube responder se o porcentual alegado pelos funcionários está correto.
Entre os cartazes carregados pelos manifestantes, estava um explicitando nomes que eles acusam serem de indicação política. Entre eles está o nome da mulher do secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, Tássia Alves, que é assessora e tem salário de R$ 12.500 segundo os manifestantes.
Edinho alegou que sua prioridade no diálogo com os funcionários, quando "passar a radicalidade", é discutir formas de reestruturar a EBC para melhorar a qualidade dos programas das emissoras e conquistar uma maior audiência.
"Não pode uma empresa que tem o orçamento que a EBC tem, ter índices tão baixos de audiência e, portanto, não estar prestando serviço a contento para a sociedade brasileira", afirmou.
Campanha salarial
Edinho criticou a postura que considerou "imatura" dos funcionários da EBC na negociação de reajuste salarial. "Eles se retiraram da mesa de negociação e deflagraram greve. Isso talvez seja imaturidade das lideranças. A greve é o último instrumento no processo de negociação."
Os funcionários alegam que o governo ofereceu reajuste de 3,5% muito abaixo da inflação acumulada no ano, que se aproxima de 10%. Eles pedem reajuste de inflação mais R$ 450 de forma linear para todos os cargos. Eles estão em greve desde terça-feira passada, dia 10.