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Dilma deve receber credencial do embaixador da Indonésia recusada em fevereiro

19:00 | 03/11/2015
Quase nove meses depois de ter criado uma crise diplomática com a Indonésia, por ter se recusado a receber as credenciais do embaixador daquele país, Toto Riyanto, a presidente Dilma Rousseff finalmente deverá reconhecer o novo representante da Indonésia no Brasil. Está marcada para quarta-feira, às 11 horas, no Palácio do Planalto, a cerimônia de entrega de credenciais de 22 embaixadores e Riyanto está previsto para ser o quarto a entregá-la. A recusa se deu em fevereiro em represália aos pedidos de clemência feitos por Dilma e não aceitos pela presidência da Indonésia para evitar a execução de dois brasileiros condenados por tráfico de drogas.

Em 20 de fevereiro, Toto Riyanto chegou a ir ao Planalto e seria o primeiro a se apresentar à presidente. Mas Dilma, ao chegar ao Planalto, avisou que não o receberia e que estava adiada a entrega de suas credenciais. Coube ao ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, comunicar a decisão de Dilma a Riyanto, causando enorme constrangimento. Este é um gesto duro em linguagem diplomática, sem precedentes. Ao final da cerimônia, em entrevista, Dilma informou que adiou o recebimento das credenciais para aguardar uma decisão do governo indonésio em relação à transferência do brasileiro Rodrigo Gularte para um hospital, o que o livraria da pena de morte, pela legislação daquele país. O presidente indonésio não atendeu aos apelos para evitar a execução dos brasileiros e, diante da recusa da credencial do seu embaixador, chamou-o de volta ao país, um gesto de grave estremecimento das relações diplomáticas.

No Planalto, as informações são de que a lista com os embaixadores que entregarão suas credenciais foi apresentada à Dilma e, no despacho do ministro das Relações Exteriores com a presidente, quando foi marcada a cerimônia, o diplomata teria informado sobre a presença do embaixador da Indonésia.

Outra curiosidade desta cerimônia é que os representantes das duas Coreias, do Sul e do Norte, países que têm relações conturbadas e vivem em tensão constante, também entregarão suas credenciais no mesmo dia, uma seguida à outra.

A lista dos embaixadores que entregarão suas credenciais inclui ainda os representantes do Grão-Ducado do Luxemburgo, Jean Olinger; da República da Letônia, Alda Vanaga; do Turcomenistão, Aksoltan Toreevna Atayeva; da República Argelina Democrática e Popular, Toufik Dahmani; da Nova Zelândia, Caroline Peta Bilkey; das Filipinas, Jose Dela Rosa Burgos; da República Dominicana, Alejandro Arias Zarzuela; da Costa Rica, Jairo Gabel Valverde Bermúdez; da República do Malaui, Edward Yakobe Sawerengera; da República Popular Democrática da Coreia, a Coreia do Norte, Kim Chol Hak; República da Coreia, a Coreia do Sul, Lee Jeong-gwan; dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Khalifa Abdulla Rashid Al-Mualla; da União Europeia, João Titternigton Gomes Cravinho; do Canadá, Riccardo Savone; da República Democrática Socialista do Sri Lanka, Jagath Jayasuriya; da França, Laurent Bili; da República do Mali, Mamadou Macki Traoré; do Egito, Alaa Eldin Wagih Mohamed Roushdy; do Sudão, Ahmed Yousif Mohamed Elsiddig; da República Gabonesa, Jacques Michel Moudoute-Bell e da Eslovênia, Alain Brian Bergant.

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