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"Comprovado não, mas há indícios", diz Delci sobre participação de PMs em chacina

O secretário anunciou contratação de mais 4,2 mil PMs em até três anos no Estado, bem como implementação de um batalhão de divisas para as fronteiras do Ceará

11:36 | 18/11/2015
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Antes de subir à tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira, 18, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), Delci Teixeira, afirmou "não haver comprovações, mas indícios" de participação de policiais na chacina que vitimou 11 pessoas na Grande Messejana, no último dia 12. “Em razão desses indícios encaminharemos à CGD (Controladoria Geral de Disciplina), que tem mais isenção para trabalhar nesse caso”, disse Delci Teixeira. Ele informou que o inquérito policial será enviado ainda nesta quarta-feira à CGD.

O secretário vem à Casa apresentar ações do governo para reduzir índices da segurança no Estado e prestar esclarecimentos aos deputados após escalada de episódios de violência.

[VIDEO1] (Vídeo: Fábio Lima/ O POVO)

Na abertura do debate, o secretário anunciou contratação de mais 4,2 mil PMs em até três anos no Estado, bem como implementação de um batalhão de divisas para as fronteiras do Ceará. Sobre os 14 policiais assassinados neste ano no Estado, Delci afirma que irá criar o Centro de Apoio ao Policial Vítima de Violência para amparar agentes e seus familiares.

Tempo real

13h02min Delci Teixeira destacou como maior política da atual gestão da SSPDS a "valorização dos policiais". Ele reforça avanços como a lei de promoções da PM e adequação de horários. Ele destaca que a pasta prioriza também ampliar efetivo do interior. "Nós colocamos 600 novos policiais no interior, mas a distorção era tão grande que isso só dava para adequar os horários, dar folga para os militares. Precisamos continuar planejamento para ampliar número de policiais".

12h23min O deputado Audic Mota (PMDB) criticou ênfase da divulgação de índices positivos, e cobrou "debate honesto" sobre combate à violência: "Não queremos número bonito, queremos que as pessoas se sintam seguras. Se um bandido se sente livro para tacar fogo em uma viatura, onde está a segurança?", disse.

"Não é um boato que foi espalhado em uma semana, não é por isso que a segurança está fraca. Não é uma filmagem de internet que causa esse pavor todo não. É em qualquer lugar, nas Dunas, na Aldeota, no Iguatemi, nas ruas perto da Assembleia, onde servidor é assaltado. Esse clima não foi instalado agora. É um terror real na população, porque os números são de tragédia. Virou cotidiano, balela".

12h15min Começa bloco de perguntas dos deputados. Primeiro a falar, Ferreira Aragão (PDT) propôs ocupação de bairros mais perigosos de Fortaleza, bem como blindagem mais eficiente de viaturas da PM. Ele questionou ainda se existem investigações apontando presença do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos crimes da Capital.

12h07min Delci também criticou "boataria" de redes sociais surgida nos últimos dias. "Tivemos uma situação que se agravou por causa de uma boataria que foi divulgada. Todo boato nós temos que estar atentos e não podemos descartar. Isso toma muito tempo e recursos da área de Segurança Pública".

O secretário também  rejeitou que não esteja investigando mortes de policiais no Estado. "Se fala que só estamos investigando os criminosos mortos, e não os PMs. Não é verdade. Dos 14 companheiros mortos, apenas quatro os envolvidos não foram presos. Todos os demais, as pessoas foram identificadas e presas".

12h05min O secretário anunciou projeto de expandir número das chamadas Áreas de Segurança em Fortaleza e no Estado. Na Capital, as seis áreas atuais serão expandidas para dez, onde haverá policiamento planejado e específico. Para o Estado, serão mais de 20 novas áreas.

11h56min O secretário anunciou ainda criação de um Centro de Apoio ao Policial Vítima de Violência. "Tivemos o 14ª colega assassinado este ano. Em razão disso, recebi determinação para que, imediatamente, se faça um planejamento para termos na SSPDS o apoio ao policial vítima de violência", diz.

11h55min "Estamos criando ainda um batalhão de divisas, que tenha conhecimento dos principais eixos e estradas do Estado, rodovias que possam ser utilizadas para ultrapassar pontos de controle. Já colocamos na divisa com Pernambuco, outro na Paraíba, vamos colocar agora no Piauí e no Rio Grande do Norte. Cada um com 83 novos PMs que tem que ser colocados", disse.

11h51min Delci falou também sobre carga horária de policiais, sendo aplaudido: "Está havendo uma dedicação dos profissionais do Estado em muito mais do que eles deveriam. O esforço que está sendo feito é muito grande. Isso precisa ser readequado".

11h47min Delci afirma que recebeu do governador Camilo Santana ordem para avaliar projeto para a contratação de novos policiais militares no Estado. "Estamos avaliando previsão de mais 1400 homens em 2016, mais 1400 em 2017 e mais 1400 em 2018. Devemos lançar edital em breve", diz. O secretário anunciou também cursos e adequação de carga horária das Polícias Civil e Militar no Estado.

11h41min Delci Teixeira apresenta números da violência no Ceará e explica modelo de avaliação da Secretaria de Segurança Pública. "Nós nos reunimos toda semana e debatemos os resultados que tivemos". Delci destaca redução de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) nos últimos meses.

11h39min O secretário Delci Teixeira inicia fala na Assembleia Legislativa. "Não é apenas uma satisfação, mas também uma obrigação atender essa solicitação e vir aqui fazer explanação do que estamos fazendo, do que pretendemos fazer, das dificuldades que temos encontrado e também resultados que temos obtido", disse.

Chacina e ataques

Nas últimas semanas, teve repercussão no Estado escalada de episódios de violência no Ceará. Na madrugada da última quinta-feira, 12, onze pessoas foram assassinadas em chacina na Grande Messejana. Já no domingo, foram registrados ataques contra delegacias de Polícia do Estado. Uma viatura da PM foi incendiada em Fortaleza.

O deputado Capitão Wagner (PR) afirmou ainda que apresentará a Delci pedido de investigação da existência de milícias e grupos de extermínio na PM do Ceará. O deputado afirma que possui nomes de envolvidos e cobra abertura de inquérito sobre o caso.

Redação O POVO Online

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