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Acompanhe ao vivo sessão que decide futuro de Delcídio do Amaral no Senado

O senador Delcídio foi preso na manhã desta quarta-feira, 25, após autorização do Supremo Tribunal Federal à Polícia Federal. Esta é a primeira vez que um senador com mandato em exercício é preso

18:30 | 25/11/2015
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Com quórum de 74 presentes, o Senado Federal decide nesta quarta-feira, 25, se mantém ou relaxar a prisão do líder do governo na Casa, Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na manhã desta quarta-feira, 25, acusado de tentar prejudicar as investigações da Operação Lava Jato. Os parlamentares não esconderam o constrangimento diante do ineditismo da situação. Esta é a primeira vez que um senador com mandato em exercício é preso.

[FOTO1] Com plenário cheio, os senadores estão em seus assentos demarcados e seguem em silêncio os discursos dos colegas. "Isso não é prazeroso para ninguém", disse o senador Reguffe (PDT-DF), um dos que pediram a palavra para defender o voto aberto na sessão

No plenário, além dos senadores, acompanham a sessão deputados da base e da oposição. Os parlamentares consideraram elegante a forma como o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), defendeu a transparência na votação, mas um deputado petista disse acreditar que os tucanos também temem a extensão da operação policial realizada hoje. "Você acha que o PSDB também não está preocupado com o André Esteves?", questionou.

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Outro que se manifestou em plenário foi o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Ele fez um discurso acompanhado atentamente pelos pares em que se posicionou a favor do sigilo da votação. "Não creio que nenhum senador ou senadora está confortável nesta sessão", disse.

Barbalho contradisse senadores da oposição e defendeu que, se fosse de fato vontade do legislador, ele teria especificado o voto aberto para apreciação de prisão de parlamentares. Segundo ele, ao deixar em aberto, a Constituição quer, na verdade, mostrar que a decisão cabe ao Senado e ao seu regimento.

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"A maioria não precisa, neste momento, passar e reivindicar o atestado de que são incapazes de serem transparentes. O voto da autonomia, o voto da responsabilidade sobre esse episódio é o voto secreto", disse.

[FOTO2] Destacando que todos os senadores estão desconfortáveis e que o momento é "profundamente dramático e profundamente difícil", Barbalho disse não estar na tribuna para discutir o mérito.

"Não é da nossa competência discutir, neste momento, o mérito. Nós estamos a examinar o expediente de outro poder da República, um dos mais importantes, que deve ser prestigiado, que é o Supremo Tribunal Federal", declarou.

Interferência nas investigações
O passo mais ousado da estratégia do senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo na Casa, para barrar a Operação Lava Jato era anular a primeira e mais explosiva delação premiada sobre o esquema de corrupção e propinas instalado na Petrobras entre 2004 e 2014.

Em reunião no hotel Golden Tulip, em Brasília, no dia 4 de novembro, o petista se comprometeu a "conversar com o ministro Edson Fachin", do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre um habeas corpus que questiona a delação do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa. O ex-diretor denunciou deputados, senadores e governadores como beneficiários do esquema de corrupção e propinas instalado na Petrobras.
[FOTO3] Prisão
Delcídio do Amaral foi preso na manhã desta quarta-feira, 25, após autorização do Supremo Tribunal Federal à Polícia Federal. Esta é a primeira vez que um senador com mandato em exercício é preso.

A prisão de Delcídio é resultado de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, que também tem como alvo empresários. As ações foram autorizadas pelo Supremo. Não se trata de uma fase da Lava Jato tocada em Curitiba, na 1ª instância.

O senador foi preso no hotel Golden Tulip, onde mora em Brasília, mesmo local onde na terça-feira, 24, a PF prende o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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