TCU tem que deixar de ser um órgão político, diz líder do governo
Guimarães lembrou ainda que o parecer do TCU não é terminativo e que o poder de aprovar ou rejeitar as contas de Dilma é do Congresso Nacional. "O TCU é um órgão auxiliar, não tem poder de decisão coisíssima nenhuma", disse. Para o petista, a insistência em reforçar a suposta rejeição das contas pelo órgão faz parte da "agenda dos caos". "É a agenda dos golpistas. Estamos tranquilos e a nossa opinião é que o TCU não seguirá essa posição política da matéria."
Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), fez coro às queixas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) quanto ao convite feito pelo presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, para acompanhar o julgamento do parecer sobre as contas do governo Dilma no ano passado. Para Costa, parece que há a intenção do TCU de produzir um "espetáculo".
"Ao que tudo indica está se preparando um grande espetáculo que tem objetivo claro: criar condições para questionar um mandato legitimamente conquistado", disse ele.
O petista defendeu que o relator das contas, ministro Augusto Nardes, deveria, por conta própria, se declarar suspeito para participar do julgamento, marcado para amanhã.
Na noite desta terça-feira, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, protocolou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o julgamento das contas agendado para acontecer amanhã, 7, no Tribunal de Contas da União (TCU). O caso foi distribuído ao ministro Luiz Fux.