Filha do homem de confiança de Cunha é exonerada da Prefeitura do Rio
Alves Pinto trabalha com Cunha desde 1999. Ele e parentes são donos de empresas que exploram pedras ornamentais no Espírito Santo, e com uma irmã, tem sociedade na Indústria Aladin Mármores e Granitos, em Muqui, município na região sul capixaba. No mesmo endereço e telefone da Aladin funciona a Guarujá Granitos, que pertence a Danielle e sua mãe, Marilene Porcari Alves. Uma das principais obras onde a Guarujá atuou foi a reforma do estádio do Maracanã. A empresa forneceu as divisórias e cubas de todos os banheiros do estádio, além do piso da área VIP.
Após reportagem publicada no jornal O Estado de S.Paulo na segunda-feira, 26, o site da Guarujá entrou em manutenção e retirou as imagens do serviço no Maracanã. A reportagem tentou localizar Danielle na empresa ao longo da semana, mas funcionárias disseram que ela não esteve lá nos últimos dias. Ela também apagou seus perfis em redes sociais e não retornou aos contatos da reportagem.
Alves Pinto não foi localizado nas casas no Rio e em Muqui. O nome dele surgiu na investigação da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre a corrupção na Petrobras, após a delação premiada de Fernando Baiano. Segundo Baiano, o assessor recebeu entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo em nome de Eduardo Cunha, como parte da propina total de US$ 5 milhões. A suposta propina era relativa à contratação de navio-sonda pela petroleira. Baiano disse que efetuou os pagamentos a Alves Pinto no escritório de Cunha no centro do Rio, em outubro de 2011.