Dilma convoca reunião ministerial para tentar ajustar a base
Nesta terça-feira, 6, o Palácio do Planalto sofreu o primeiro revés ao ver a sessão conjunta do Congresso que analisaria os vetos presidenciais ser adiada por falta de quórum. Auxiliares da presidente encaravam a votação como um teste de fidelidade, para ver como os parlamentares iriam se comportar após a reforma ministerial.
Nesta segunda-feira, 5, quando deu posse a dez ministros, Dilma voltou a admitir que havia colocado em prática as mudanças na Esplanada para reequilibrar a coalizão governamental e conquistar mais apoio no Congresso.
Além de impedir o avanço das chamadas pautas-bomba, que colocam em risco a situação fiscal do País, preocupa a presidente a possibilidade de o Tribunal de Contas da União reprovar a prestação de contas do governo do ano passado. O julgamento está marcado para esta quarta, mesmo depois da tentativa do governo de afastar o relator do processo, o ministro do TCU Augusto Nardes.
A rejeição das contas de Dilma pelo TCU é visto como um fato que pode acelerar o andamento de um processo de impeachment contra a presidente.
Dilma pensou também em convidar governadores aliados para uma reunião, ainda esta semana, mas a ideia foi adiada. A presidente quer fazer primeiro a reunião ministerial e, depois, embarcar para a Colômbia para a visita de Estado que estava marcada para a segunda-feira e acabou adiando para dar posse aos ministros e acompanhar o início da conturbada semana política em Brasília, com votação dos vetos na Câmara e do relatório do TCU sobre as pedaladas fiscais.