Aida não há definição sobre o tamanho do déficit, afirma Berzoini
"Não discutimos (tamanho do déficit em 2015), até porque ainda não uma definição por parte da equipe econômica", afirmou Berzoini em entrevista no Planalto após a reunião. Segundo ele, no encontro, foi tratada "fundamentalmente" a pauta de propostas do ajuste fiscal que deve ser votada no Congresso nesta semana, entre elas a proposta de repatriação de recursos. A estratégia para aprovar o projeto de Lei antiterrorismo também foi discutida.
Berzoini ressaltou que, na reunião, foram traçadas as estratégias para que essas medidas, "que visam estabelecer as condições para o equilíbrio fiscal do Orçamento de 2016", sejam aprovadas e "tenhamos uma semana de votações positivas no Congresso". De acordo com ele, houve "unidade" de todos os ministros presentes em torno da necessidade de aprovar as propostas na Câmara e no Senado. Ele não detalhou as estratégias.
Questionado se o governo está preocupado com a imagem do País após revisão da meta fiscal, que deve ser anunciada em breve, Berzoini afirmou que a situação do Brasil não pode ser vista de forma isolada. "Precisamos reduzir a inflação para algo mais próximo da meta, precisamos das condições para ter taxas de juros mais baixas e precisamos ter orçamento equilibrado, que seja resultado de algo que a sociedade acredite", defendeu.
Bolsa Família
O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou nesta segunda-feira, 26, que o governo vai procurar o relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), para tentar evitar o corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família.
Segundo o ministro, na semana passada eles já conversaram rapidamente sobre o assunto e uma nova rodada de negociação deve acontecer esta semana.
Berzoini classificou o tema como "polêmico" e fez questão de reiterar que o Palácio do Planalto é contra a medida. "Há condições de fechar o Orçamento sem recorrer a essa iniciativa. O Bolsa Família é um programa consolidado e reconhecido mundialmente, portanto não é a melhor hipótese para sofrer qualquer tipo de redução", disse.
Na semana passada, a própria presidente Dilma Rousseff saiu em defesa do programa e disse que não iria aceitar qualquer redução de recursos para o programa. O relator tem se mostrado disposto a negociar, desde que o governo aponte outros programas que possam sofrer cortes.