A Câmara Municipal de Fortaleza fará nova tentativa de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades da Companhia Energética do Ceará (Coelce). Na quinta-feira, 27, um dia após instalar a CPI, o presidente da Câmara, Salmito Filho (Pros), recuou da decisão e suspendeu o trâmite, alegando que havia “várias falhas” de tramitação no requerimento.

O novo pedido de abertura da CPI foi protocolado na terça-feira, 1°, sob autoria dos vereadores Joaquim Rocha (PV), Robert Burns (PTC) e Deodato Ramalho (PT). Nesta quarta-feira, 2, Burns destacou o requerimento. Segundo ele, já foram reunidas as 15 assinaturas necessárias para iniciar a tramitação.
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O requerimento anterior, segundo Salmito Filho, não possuía "fato determinado" explícito - carecendo de indícios e elementos sobre o que seria investigado. Dessa vez, Burns afirma que o objetivo é investigar o superfaturamento da Companhia e analisar o cumprimento do contrato de concessão feito com o governo.

Joaquim Rocha, autor da primeira CPI, disse que seu requerimento apresentava falhas pelas quais poderia ser questionado juridicamente. "Daqui pra frente, o presidente vai cumprir o regimento", pontuou.

O pedido ainda não foi analisado pelo presidente, mas ele afirma que vai "redobrar os cuidados". Além disso, Salmito ressaltou que vai recomendar à assessoria jurídica que tenha "todo o zelo".