Reduções envolvem de maneira significativa funcionalismo e máquina, diz Levy
Ele ponderou, no entanto, que o Brasil está num "momento difícil" e que por isso se faz necessário "ajustar muitas coisas", sinalizando que seriam anunciadas medidas para aumentar as receitas. "O governo conseguiu cortar mais de R$ 26 bilhões sem deixar de cumprir suas obrigações", salientando que o governo está assumindo compromissos adotados em anos anteriores e que está fazendo economia na Previdência com trabalho de gestão intenso.
Sobre o pacote apresentado por Barbosa, Levy comentou que é um trabalho da sociedade e do Congresso. "Estamos fazendo a otimização de recursos na área da saúde, no PAC, que permite que todos possam contribuir de diversas formas para o cumprimento das despesas de saúde e para também o investimento (nas obras) em todos os lugares do País", disse, lembrando medida que vai direcionar verbas de emendas parlamentares tanto para o PAC como para o cumprimento dos investimentos em saúde.
"É importante que possam participar em momentos de necessidade. Os parlamentares demonstram preocupação com a capacidade do governo de dar continuidade a essas obras", falou. Além disso, segundo ele, as medidas de cortes anunciadas envolveram todos os ministérios para alcançarem o resultado mais satisfatório possível.
Ele também reiterou a confiança da economia brasileira, no tamanho do mercado do Brasil e no setor produtivo nacional, mas disse que o esforço na redução de despesas "leva até certo ponto".
"No momento em que tem uma redução importante da atividade econômica e da arrecadação você tem que lançar mão também de outros recursos", explicou, lembrando que o governo da Inglaterra aumentou os impostos equivalentes ao PIS e ao Cofins e foi o primeiro a sair da crise. "Vamos procurar explorar outras fontes que vão dar contribuição", afirmou. "Vamos atravessar este momento com o mínimo de aumento de carga tributária", acrescentou.