Oposição critica nomeação de marido de Ideli Salvatti para cargo nos EUA
Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), essa atitude "não deixa de ser nepotismo". "O governo está mais preocupado em resolver problema conjugal. Como sempre, o PT pensa primeiro na companheirada em detrimento dos brasileiros", afirma. Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o "loteamento" de cargos virou a regra dos governos petistas. O deputado tucano Bruno Araújo (PE) também condenou a prática. "O PT sempre dá um jeito de juntar os companheiros", ironizou.
O Ministério da Defesa, porém, defendeu a nomeação do marido. Em nota, a pasta afirmou que Jeferson da Silva Figueiredo possui todos os requisitos para ocupar o cargo, uma vez que é segundo-tenente do Exército e tem experiência na área administrativa. O ministério também sustenta que a "nomeação se deve à mudança de sua família para o exterior" e "nada teve a ver com a alteração do decreto 2.790, de 1998, pois "a nomeação foi assinada em agosto e o decreto somente em setembro".
A reportagem revelou que Figueiredo assume as novas funções no dia 1º de outubro. Ele vai exercer o cargo por dois anos e terá remuneração de U$ 7,4 mil, correspondente a mais de R$ 30 mil mensais. O marido de Ideli também recebeu ajuda de custo para sua ida para os Estados Unidos de cerca de US$ 10 mil, cerca de R$ 40 mil.
Sobre esses valores, a pasta também defendeu que "a jornada de trabalho é de 32 horas semanais e o honorário é o previsto na Lei de Remuneração no Exterior para o posto de 2º Tenente" e que a ajuda de custo para a mudança também é algo que está previsto.