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Cunha deve receber hoje entre 4 e 5 pedidos de impeachment

15:00 | 29/09/2015
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reafirmou nesta terça-feira, 29, que começará a analisar os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta semana, mas disse que alguns pedidos "simplórios" serão recusados. "Essa semana vou começar a despachar os mais antigos. Tem uns ali que são absolutamente simplórios. Vou despachar uns iniciais. Já tinha lido e pedi para preparar o termo para eu poder recusar", disse. "Vou começar a fazer, a cada dia, soltando, ler bem e soltar com correção", disse. Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, que assessora o legislativo, Cunha deve receber na tarde desta terça-feira quatro ou cinco pedidos de impeachment dos 13 existentes.

A princípio, não há uma ordem para que eles sejam despachados e a escolha depende da vontade do presidente da Câmara. A informação do órgão, entretanto, é que o pedido de impedimento de autoria dos juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, e Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça na gestão de Fernando Henrique Cardoso, não está entre os que devem ser levado a Cunha nesta terça-feira.

Cunha não quis comentar a declaração do líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) que afirmou que oposição já tem votos suficientes para aprovar o início da tramitação do processo por meio de recurso no plenário, caso ele indefira os pedidos de impedimento. "Não me cabe comentar, esse negócio de quem tem ou que deixa de ter não é juízo valor que possa fazer como presidente da Casa. Isso é da política. Cada um fala o que acha que deve", disse.

Denúncias

O presidente da Câmara também evitou comentar a denúncia do empresário João Augusto Henriques. Apontado como lobista do PMDB, preso desde o dia 21 de setembro, Henriques afirmou à Polícia Federal que abriu conta na Suíça para repassar propina ao peemedebista. "Minha posição é clara, já desmenti ter qualquer tipo de coisa indevida e esse assunto Lava Jato é um assunto que não vou falar", disse. Segundo Cunha, além de não conhecer o teor de depoimentos a cada dia é escalado "um novo personagem" para fazer denúncias. "Não vou cair nesse tipo de discussão. Desmenti o fato de forma categórica, mantenho meu desmentido."

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