O ex-governador Ciro Gomes (PDT) afirmou que suas mudanças de partido - o PDT é o sexto - deram-se para "garantir a minha coerência, os meus compromissos, com a população do Ceará, especialmente, mas também com a do Brasil". Ele tenta amenizar a turbulenta vida partidária - caracterizada pelo próprio como "tragédia" - afirmando ter "quase 40 anos de vida pública". Ciro participa do programa "O POVO no Rádio", na rádio O POVO/CBN.

Sobre um de seus últimos movimentos partidários, a saída do PSB em direção ao Pros, ele afirma que foi um bom exemplo dessa coerência. Segundo Ciro, durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele e o partido trabalharam para que ex-governador do Ceará fosse o candidato à sucessão. "O partido e o Eduardo Campos (ex-governador de Pernambuco e então presidente do PSB; falecido em 2014) passaram quatro anos usando o meu esforço, a minha vontade de trabalhar, de estudar as coisas do Brasil", afirma. Mas, às vésperas da disputa, os socialistas teriam "vendido sua cabeça" a Lula, que indicou a então-ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). "O Lula indicou a Dilma, que nunca tinha sido candidata a nada, como uma tentativa de sair e continuar mandando. Infelizmente, aconteceu isso que está acontecendo hoje no Brasil", diz.

Quatro anos depois, após Eduardo Campos - segundo Ciro - ter usado a influência conquistada junto ao governo para desenvolver seu Estado - o que teria desequilibrado a disputa econômica contra o Ceará, o socialista decide desafiar a continuidade do governo Dilma. Por isso, em nome da coerência, o mais adequado seria deixar o partido.

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Redação O POVO Online e Blog do Eliomar