Agência que rebaixou País não crê em impedimento
Ao decidir rebaixar a nota de crédito do Brasil de BBB- para BB+, com perspectiva negativa, a agência colocou o PaÃs no grupo de mercados "especulativos". Entre os argumentos para essa decisão estavam a deterioração fiscal e as dificuldades polÃticas vividas pelo governo Dilma neste segundo mandato.
"Os desafios polÃticos que o Brasil enfrenta continuam a pesar na capacidade do governo e vontade de submeter ao Orçamento de 2016 ao Congresso consistente com a polÃtica de ajuste fiscal assinalada durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff", afirmou a S&P na quarta-feira.
Instituições
Na quinta-feira, 10, durante teleconferência com jornalistas, os analistas da agência elogiaram a institucionalidade do Brasil. "Se acontecer (o impeachment), vamos olhar para o significado disso em termos de polÃtica, governabilidade e sobre a continuidade das ações", disse o diretor da S&P. Arévalo afirmou que o impeachment é um instrumento usado em vários paÃses e com previsão legal. Portanto, a agência não avalia o ato em si, mas as consequências econômicas e polÃticas quando isso ocorre.
A diretora-gerente de ratings soberanos da S&P, Lisa Schineller, foi na mesma linha. Afirmou que, se eventual impedimento da presidente acontecer, a agência vai avaliar "como isso impacta nas polÃticas e na dinâmica das ações".
Para Lisa, a Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras, é prova do fortalecimento da institucionalidade do Brasil. Segundo ela, o PaÃs conta com instituições em nÃvel superior ao observado em paÃses com rating semelhante à atual nota de crédito brasileira, como Rússia e Turquia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.