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Zelada e mais cinco são indiciados pela Polícia Federal na Lava Jato

Agora, o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná vai analisar as provas e decidir se oferece denúncia contra o ex-diretor ou se arquiva a investigação

17:02 | 01/08/2015

A Polícia Federal indiciou o ex-diretor Internacional da Petrobras Jorge Zelada por suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O indiciamento, feito após a conclusão do inquérito policial sobre Zelada na Operação Lava Jato, foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, que vai analisar as provas e decidir se oferece denúncia contra o ex-diretor ou se arquiva a investigação.

Além dele, outras duas pessoas foram indiciadas pelos mesmos crimes: Raul Schmidt Felippe Júnior, e João Augusto Rezende Henriques. Já Hamylton Pinheiro Padilha, Paul Alfred Bragg e Hsin Chi Su foram indiciados por corrupção ativa. O inquérito policial foi concluído na sexta-feira, 31.

Jorge Zelada foi preso preventivamente no início do mês de julho, durante a 15ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Mônaco, em referência a operações financeiras do ex-diretor no exterior. Ele foi o sucessor de Nestor Cerveró, também preso pela Operação Lava Jato, na Petrobras. Comandou a diretoria Internacional entre 2008 e 2012.  

No pedido de prisão, os procuradores argumentaram ao juiz federal Sergio Moro que, entre julho e agosto de 2014 -após a deflagração da Lava Jato, portanto-, Zelada transferiu 7,5 milhões de euros (cerca de R$ 25 milhões) que estavam escondidos na Suíça para uma conta no principado de Mônaco, com o objetivo de impedir o bloqueio dos valores.

Na avaliação do MPF, essa movimentação demonstrou "inequívoco propósito atual do investigado de continuar a ocultar o produto de seus crimes e dificultar a investigação". Relatório da Receita Federal mostra que Zelada nunca declarou oficialmente ter ativos no exterior.

O outro lado

O advogado de Zelada, Renato de Moraes, diz que o cliente nega as acusações, mas que só pode fazer sua defesa no momento em que todas as provas sejam juntadas aos autos. Argumenta ainda que o inquérito foi concluído de uma forma "açodada" e que, no despacho, o delegado diz que ainda há documentos a juntar. Por isso, diz Moraes, Zelada ficou calado no depoimento que prestou na última sexta-feira. "Minha orientação para que não respondesse às indagações se deve ao fato de não conhecer ainda todos os documentos", afirmou o advogado.Anteriormente, Zelada havia negado possuir contas em Mônaco.

Redação O POVO Online 

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