O vereador Robert Burns (PTC) voltou a criticar nesta quarta-feira, 5, a retirada de assinaturas do pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades na Coelce. O vereador afirma ter conseguido, antes do recesso de julho, adesões de 18 colegas. O número, no entanto, caiu para 12 após seis vereadores voltarem atrás com suas assinaturas.

Como o número mínimo de assinaturas necessárias para grupos do tipo é 15, a mudança inviabiliza a instalação da CPI da Coelce. Segundo site da Câmara, retiraram as assinaturas do documento os vereadores Adelmo Martins (Pros), Antônio Henrique (Pros), Bá (PTC), Carlos Dutra (Pros), Germana Soares (PHS) e Joaquim Rocha (PV).

[SAIBAMAIS 4]A situação acabou causando bate-boca na Câmara na última terça-feira. Da tribuna da Casa, Robert insinuou que vereadores estariam indo “contra o povo”. Adail Júnior (Pros) rebateu o colega, afirmando que a retirada de assinaturas é “prerrogativa do vereador”.

O assunto foi pauta de reunião de vereadores com o presidente da Casa, Salmito Filho (Pros). Robert Burns afirma que estuda entrar com recurso contra a medida, garantindo instalação do grupo. 

CPI da Coelce

No documento em que pede criação da CPI da Coelce, Robert afirma que a empresa estaria repassando custos adicionais aos consumidores. Isso ocorreria através de sobrepreço com relação ao que é cobrado pela Central Geradora Termelétrica Fortaleza (CGTF).

Ele aponta ainda indícios de irregularidades "muito maiores" e que necessitariam de investigação. O pedido, no entanto, não possui qualquer documentação anexada que ateste as críticas do vereador.

Procurada pelo O POVO Online, a Coelce afirma apenas que ainda não foi notificada pela Justiça sobre o caso.