O vereador Robert Burns (PTC) voltou a defender, nesta quarta-feira, 12, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara Municipal de Fortaleza, para investigar serviços prestados pela Coelce. Na quarta-feira, 5, requerimento do vereador, feito no começo de julho, inicialmente com 18 assinaturas, teve seis nomes retirados.

Em pronunciamento pelo pequeno expediente, na sessão ordinária desta quarta-feira, o vereador destacou recurso que pede a votação do requerimento. Ele afirmou que o recurso já encontra-se no Departamento Legislativo e aguarda inclusão na pauta. Ele cobrou a inclusão na pauta e a votação.
[SAIBAMAIS 3]
Câmara
Desde a volta do recesso parlamentar na Câmara Municipal, na terça-feira, 4, Robert, nas sessões do plenário, vem acusando os vereadores desistentes de estarem indo “contra o povo”. Os parlamentares que recuaram foram Adelmo Martins (Pros), Antônio Henrique (Pros), Bá (PTC), Carlos Dutra (Pros), Germana Soares (PHS) e Joaquim Rocha (PV).

Restaram 12 assinaturas a favor da CPI, três a menos que o necessário para abertura das investigações. Em abril do ano passado, Joaquim Rocha chegou a abrir pedido para investigação da companhia, que teria obtido 23 assinaturas, mas a solicitação ainda não foi analisada.

Rocha disse ter desistido de assinar o pedido de CPI porque Robert havia prometido juntar o novo requerimento ao primeiro, mas não cumpriu promessa e abriu novo processo.

CPI
O texto da primeira página do requerimento afirma que a Coelce estaria repassando custos adicionais aos consumidores. O sobrepreço seria da ordem de R$ 177 milhões por ano, o que equivale a cerca de R$ 73 reais pagos por cada consumidor. O trecho também registra que as irregularidades podem ser maiores, “diante dos indícios de que as mesmas impropriedades possam estar ocorrendo em outros insumos nas contas de energia elétrica”.