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Polícia Federal prende ex-ministro José Dirceu em nova fase da Lava Jato

A prisão de Dirceu está entre os 40 mandados de prisão em relação à 17º fase da Operação Lava Jato. A operação segue em prosseguimento desde às 6h desta segunda

07:51 | 03/08/2015
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A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta segunda-feira, 3, o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu. A prisão preventiva de Dirceu foi decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os julgamentos da  'Operação Lava Jato'.

Segundo o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Lava Jato, esquema de corrupção na Petrobras também envolvia "compra" de parlamentares para apoio ao governo - mesmo expediente adotado no mensalão.

Ao todo, 40 mandados estão sendo cumpridos na 17º fase da Operação. Sendo três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de busca apreensão e seis de condução coercitiva (encaminhamento para prestar depoimentos à polícia).

O ex-ministro está sob investigações devido a um suposto recebimento de propinas disfarçadas na forma de consultorias por parte da já desativada empresa JD assessoria. José Dirceu já cumpria prisão domiciliar devido a sua condenação no processo do mensalão.

De acordo com a Polícia Federal, além da JD Assessoria e Consultoria, outras 31 empresas também estão suspeitas de participarem de operações envolvendo lavagem de dinheiro em contratos de obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Conforme as investigações da PF, as obras que iniciaram em 2007 e tinham custo de R$ 4 bilhões, tiveram um gasto de pelo menos R$ 23 bilhões provenientes da Petrobras.

Após o cumprimento de todas as prisões, os detidos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba, onde está sendo investigado todo o caso da Operação Lava Jato.

O documento é o primeiro de uma série de perícias técnicas da Polícia Federal que apontam um porcentual de desvios na Petrobras de até 20% do valor de contratos. O porcentual é superior aos 3% apontados até aqui nas investigações da Operação Lava Jato, que incluía apenas a propina dos agentes públicos e políticos.

"Foi identificada movimentação financeira da ordem de R$ 71,4 milhões, tendo como origem Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A e como destino as seguintes empresas, suspeitas de operarem lavagem de dinheiro: Costa Global Consultoria e Participações, JD Assessoria e Consultoria; Treviso do Brasil Empreendimentos e Piemonte Empreendimentos", registra o laudo 1342/2015 presente nos autos da Lava Jato.

Mais informações em instantes

Redação O POVO Online com informações da Agência Estado

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